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MúSICA E CULTURA

“Há um rompimento entre a grande mídia e o pop rock brasileiro”, afirma Samuel Rosa

O vocalista comenta o momento desfavorável para artistas que não são do sertanejo ou axé

Fonte: DA REDAÇÃO COM O FUXICO
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A onda do sertanejo, principalmente do estilo chamado universitário, parece estar cada vez mais forte e sem data para acabar. Ótimo para os talentos do gênero, como Gusttavo Lima, Luan Santana e diversos nomes conhecidos do público, mas ruim para quem não trabalha com este tipo de som.

É sobre o mercado musical que a galera do Skank conversou com O Fuxico recentemente. Samuel Rosa e seus companheiros de banda garantem que não é por falta de artistas de pop rock que o estilo vem perdendo espaço nas rádios e televisão.

“Acho que rock bom, tem. Mas temos que admitir que não se está em um momento do nosso segmento mais favorável. A gente ouve falar em outros segmentos, de umas lutas de foice. É uma loucura essa quantidade de artista. Eu, às vezes, me perco em ver em cada mês, cada semestre, um novo sucesso. Eu confesso não conhecer direito. Quando a gente surgiu, também não era um momento favorável, mas estávamos juntos com outros, rolou uma força e a coisa aconteceu. Não sei se é o caso da galera se unir, mas acho que precisa democratizar mais os espaços todos”, comenta Haroldo Ferretti, baterista da banda.

O vocalista Samuel Rosa endossa o comentário dizendo que, hoje, “há um rompimento entre a grande mídia e o pop rock brasileiro”.

“Tem uma produção muito interessante de pop rock no Brasil, mas ainda não veio à tona como merecia. Aí a gente pode citar alguns motivos como a supremacia do sertanejo e do axé, uma certa preguiça da mídia com essas bandas novas. É inevitável, também, que isso se torne um círculo vicioso. As bandas também vão desanimando. Falam ‘Poxa, tocar no Faustão é tão difícil… Tocar em uma rádio é tão complicado…’. A gente já viveu momentos melhores. Isso não é uma constatação radical. Hoje, as bandas estão conseguindo sobreviver porque a gente tem um circuito independente musculoso. O Skank foi independente e não tinha isso. Para sair de Minas Gerais e tocar em outro estado, só com gravadora, música bombando na rádio e divulgação ‘porreta’’, comentou, lembrando os mais de 20 anos de existência do Skank.

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