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Sheilla e Arthur Zanetti vencem Prêmio Brasil Olímpico

Separados por 29 centímetros, craque da seleção brasileira de vôlei e dono do primeiro ouro na ginástica artística são os melhores do ano no Brasil

Fonte: DA REDAÇÃO COM G1
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Imagem: todos Sheilla e Arthur Zanetti vencem Prêmio Brasil Olímpico
Sheilla, 1,85m, e Zanetti, 1,56m, com seus respectivos técnicos (Foto: André Durão)

Imagem: todos Sheilla e Arthur Zanetti vencem Prêmio Brasil Olímpico
Sheilla, 1,85m, e Zanetti, 1,56m, com seus respectivos técnicos (Foto: André Durão)

Eles valem ouro – e agora podem se orgulhar de ser os melhores atletas olímpicos do Brasil em 2012. Sheilla, oposto da seleção brasileira de vôlei feminino, e o ginasta Arthur Zanetti foram os vencedores, do Prêmio Brasil Olímpico, em votação promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), pela internet. Ambos foram medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres.

Sheilla foi a principal craque da equipe, com destaque especialmente na virada sobre a Rússia, nas quartas de final, quando evitou seis match-points da equipe adversária. Ela concorreu com Sarah Menezes, medalha de ouro no judô, e Yane Marques, bronze no pentatlo moderno.

– Estou muito feliz de ter ganho esse prêmio. Gostaria de compartilhar com todas as jogadoras que estiveram comigo dentro de quadra, pois o vôlei é um esporte coletivo. Quero dedicar o prêmio a minha avó – disse Sheilla.

Arthur Zanetti fez história. Vencedor nas argolas, foi o primeiro brasileiro a ganhar um ouro olímpico na ginástica artística. No Prêmio Brasil Olímpico, superou o nadador Thiago Pereira e o boxeador Esquiva Falcão.

– Quero agradecer aos meus familiares e à minha equipe, pois sem eles não teria sido possível chegar lá. Agradeço também aos meus patrocinadores – afirmou Zanetti, cuja diferença de altura para Sheilla – 1,56m e 1,85m – chamou a atenção no palco.

A noite de festa no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, já foi voltada aos Jogos Olímpicos de 2016, na Cidade Maravilhosa, mas também celebrou o passado, com homenagem a Hortência, que se emocionou ao receber o prêmio Adhemar Ferreira da Silva.

A cerimônia começou com imagens de Londres, resgatando a participação brasileira nos Jogos de 2012. Em seguida, parte dos mais recentes medalhistas foi ao palco para acompanhar o hino nacional. Emanuel, do vôlei de praia, dono de três medalhas olímpicas, representou os colegas e homenageou a judoca Sarah Menezes, ouro na categoria até 48kg. Ele acompanhou a conquista dela na Vila Olímpica. E se emocionou.

“É uma honra representar esses campeões. Todos fizeram seu papel muito bem feito. Homenagem, para mim, é finalizar esse processo olímpico. Tudo para mim é um começo. Sabemos as dificuldades de se preparar para uma Olimpíada. (…) Acompanhei a luta da nossa grande Sarah. Em cinco minutos, ela me fez esquecer que eu era um atleta olímpico e lembrei que era um brasileiro. Tirei essa armadura de atleta. Ela me motivou a fazer meu melhor. Temos que dar exemplos positivos. Fiquei emocionado com sua medalha, Sarah. Muito obrigado – disse o jogador”.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, saudou os atletas antes de a cerimônia dar destaque a uma encenação que serve de passagem de ciclo olímpico de Londres para o Brasil. O músico Pedro Luiz cantou “E vamos à luta”, de Gonzaguinha. Em seguida, foram ao palco os atletas destacados como melhores do ano em cada modalidade – anunciados por cidadãos brasileiros de variadas áreas de atuação.

Ganharam destaque dois treinadores responsáveis por conquistas expressivas do esporte brasileiro em 2012: José Roberto Guimarães, campeão com a seleção feminina de vôlei, e Marcos Goto, que fez a preparação de Arhur Zanetti. Eles foram eleitos os melhores técnicos do ano. Goto recebeu o troféu das mãos de seu pupilo, e Zé Roberto ganhou a homenagem de Sheilla.

Lembrança a Nelson Prudêncio e homenagem a Hortência

A festividade lembrou a recente perda de Nelson Prudêncio, que morreu no mês passado, aos 68 anos. O triplista foi medalha de prata nos Jogos Olímpico de 1968, na Cidade do México. Ele foi o primeiro a receber o prêmio Adhemar Ferreira da Silva, homenagem que nesta terça-feira, pelo conjunto da obra, foi oferecida a Hortência.

A rainha do basquete brasileiro se emocionou ao receber o prêmio. Ela chorou e, ao falar, se direcionou aos filhos, presentes na cerimônia.

– Fazia muito tempo que eu não sentia essa emoção. Já tinha esquecido. Meus filhos, que estão aqui, não me viram jogar, infelizmente, mas viram a mãe deles receber um prêmio tão importante. Para chegar até aqui, é preciso ralar muito – disse Hortência.

A noite terminou com uma apresentação da cantora Sandra de Sá. Ela cantou “Do Leme ao Pontal”, música de Tim Maia em homenagem ao Rio de Janeiro.

* Fizeram parte da cobertura: Thiago Lavinas, Gabriele Lomba, Helena Rebello, Breno Dines, Danielle Rocha e Thiago Correia.

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