Um grupo de meninas com idades entre 13 e 14 anos dedicam as férias para um sonho particular: representar o Brasil na ginástica artística e formar geração 2020 da modalidade. Para conseguir dar conta do objetivo, as garotas abriram mão das férias escolares para intensificar o treinamento no Centro de Excelência da Ginástica, em Curitiba.
As pequenas atletas tiveram somente 20 dias de descanso, que foi um período suficiente para causar a famosa dor muscular após o retorno aos treinamentos. Para compensar, a rotina é puxada: trabalho em dois períodos, com descanso só pela noite.
– Eu acordo às sete horas, chego para o treinamento, almoço e depois volto aqui para continuar – conta a ginasta Carolyne Pedro.
Porém, dedicação e esforço não é uma novidade para elas. Desde crianças, as atletas já são preparadas para o futuro olímpico, enquanto assistiam as principais referências brilharem nas Olímpiadas e Campeonatos Mundiais. Quando tinha sete anos, a referência de Frida de Oliveira era a ginasta Laís Souza, que tinha faturado dois ouros no Campeonato Brasileiro de 2005 e também treinava em Curitiba.
Agora com 14 anos, ela conta que já pensou em desistir várias vezes do sonho, mas seguiu firme no pensamento e cada vez mais confiantes nas apresentações.
– Eu fazia exercício e não conseguia. Ficava nervosa comigo mesmo e pensava em desistir de tudo. Só que eu me lembrava que queria ser que nem a Laís e ia lá e treinava mais ainda – explica.
Além de Curitiba, o Paraná abriga oito núcleos de ginástica no interior do estado com a ajuda de um grupo de empresários. No total, 1.600 crianças entram na fila por vagas nos Centros de Formação da geração 2020.