Há cerca de um mês o Movimento dos Trabalhadores Agrícolas (MTA) realizou a ocupação de mais uma fazenda, localizada na BR-270 no sentido de Guiratinga, contudo os membros do movimento cobram uma visita do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para efetuar a fiscalização e possível liberação de áreas.
Rosalia de Jesus Lima, representante de um dos acampamentos do MTA, disse que no estado há oito acampamentos, contudo existem muitas terras improdutivas que estão abandonadas pelos proprietários que podem ser remanejada para a reforma agrária.
“Não tem sentido um monte de terra ociosa e abandonada enquanto muitas pessoas esperam um pedaço de terra para produzir. Temos feito cobranças constantemente junto ao Incra para que seja feitas as avaliações”, afirmou Rosalia e acrescentou que o proprietário da terra não fica no desamparado e perde o espaço, simplesmente é feito uma negociação para que os acampados possam ficar no local.
A manifestante frisou que quase todos acampados são pessoas que tem raízes no campo e não possuem condições de adaptar a rotina urbana, pois tem apenas conhecimento no manejo com a roça, além da falta de estudos.
Outro ponto observado é que boa parte das hortaliças cultivadas nos acampamentos fazem parte dos 70% da produção rural que atende a população, vindos da agricultura familiar.
Rosalia acrescentou que nos acampamentos as pessoas participam de trabalhos de alfabetização, além de atenção a saúde e segurança, diferente do que muitos pensam, não são desocupados.