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Acusação sobre Papa e ditadura é ‘caluniosa’, diz porta-voz do Vaticano

Lombardi também disse que não há informações sobre a criação de novos dicastérios no Vaticano e que o Papa Francisco ainda não tem um secretário pessoal

Fonte: Da redação com G1
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As acusações de que Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, teria sido conivente com práticas da ditadura argentina nos anos 70 são caluniosas e pertencem a um tema antigo com motivações políticas, disse nesta sexta-feira (15) o  porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

“São acusações de um tema muito antigo”, afirmou Lombardi, que depois citou a declaração de uma das vítimas da época para fundamentar a afirmação. As acusações a Bergoglio foram feitas por grupos de defesa dos direitos humanos na Argentina e por jornalistas, mas não há acusação formal na Justiça do país.

“Nesta manhã um jesuíta que era um dos dois que foram sequestrados há muitos anos, foi objeto do episódio, fez  uma declaração na Alemanha”, disse Lombardi, citando o episódio em que Bergoglio teria tirado a proteção da Igreja de dois padres que foram sequestrados clandestinamente pelo regime.

Na declaração, continuou Lombardi, ele “conta o que ocorreu e diz que depois do que aconteceu, se encontrou com Bergoglio, que era bispo de Buenos Aires, fizeram uma missa, fizeram uma manifestação pública de harmonia”, disse o porta-voz.

“A campanha contra Bergoglio é conhecida e ocorre há vários anos. A acusação se refere ao tempo no qual ele ainda nao era bispo. Não houve nunca uma acusação verossímil, são caluniosas”, disse Lombardi, que citou motivações políticas dos envolvidos. “Elas revelam elementos anticlericais e de esquerda que são usados para atacar a Igreja”, disse.

Sem novos cardeais
Questionado sobre notícias divulgadas pela imprensa, Lombardi negou que Francisco já tenha criado um novo cardeal, que seria o italiano Lorenzo Baldisseri. “É uma informação falsa e infundada. Os secretários do conclave não são cardeais e, se forem criados cardeais, veremos no próximo consistório. Por ora, não foi aumentado o número de cardeais”, disse o porta-voz.

Lombardi também disse que não há informações sobre a criação de novos dicastérios no Vaticano e que o Papa Francisco ainda não tem um secretário pessoal. “Há uma tradição de que o segundo secretário do Papa precedente costuma ajudar o novo Papa no início, mas ainda não se sabe”, disse.

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