O coronel do Corpo de Bombeiros do Amapá Ademar Rodrigues dos Anjos informou que três corpos foram encontrados perto do local do desabamento de uma mineradora, na região portuária de Santana, a cerca de 20 km de Macapá, capital do Amapá. O acidente deixou seis desaparecidos.
O Rio Matapi deságua no Rio Amazonas, no municipio de Santana, e foi onde dois corpos de vítimas do desabamento foram encontradas.
Os três corpos estão no IML de Macapá, e as famílias foram deslocadas para lá para fazer a identificação. De acordo com Anjos, as três vítimas estavam usando o uniforme da mineradora Anglo American e trabalhavam na operação da carga do navio. Os nomes ainda não foram informados.
Os trabalhos dos bombeiros não foram interrompidos. Os mergulhadores continuam as buscas até o início da noite, quando elas são interrompidas devido à falta de iluminação no Rio Amazonas.
Os desaparecidos são três funcionários e três contratados da mineradora Anglo American, responsável pelo píer que desabou. Familiares estão no local, mas não podem passar do portão de entrada da mineradora.
Na madrugada de quinta-feira (28), o desmoronamento do porto da mineradora Anglo American fez com que caminhões, guindastes e parte da área administrativa, que estavam em uma estrutura flutuante, caíssem no Rio Amazonas.
A Capitania dos Portos abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.
Segundo Anjos, os bombeiros usam uma balsa para que, com ajuda de um guindaste, seja retirada parte da terra e das estruturas que foram jogadas ao rio, facilitando o trabalho dos mergulhadores.
À TV Amapá, o assessor de imprensa local da mineradora Anglo American Brasil afirmou que o desabamento foi provocado por um fenômeno da natureza. Ele afirmou que “uma onda grande varreu toda a orla” e que “houve um desmoronamento de terra em que foram tragados equipamentos, caminhões e pessoas”.
A mineradora atribuiu o acidente “a uma massa de água anormalmente grande que se moveu pelo braço do rio”, diz a empresa.
Excesso de peso
Testemunhas disseram porém que foi o desabamento da estrutura do porto, que exporta minério para diversos países, que provocou a onda. Diversos barcos, que estavam ancorados no porto, acabaram afundando. “Foi tudo muito rápido, não levou mais de cinco minutos”, disse o vigia Denilson Silva.
Um meteorologista apontou que o excesso de peso no terminal teria provocado a tragédia.