O ex-prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Carlos Roberto da Costa, e outras cinco pessoas são acusadas de envolvimento com a máfia das sanguessugas e irregularidades com recursos da saúde. O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso propôs ação civil pública contra os acusados. A ação visa responsabilizar os envolvidos por atos de improbidade administrativa cometidos em 2002.
Conforme a procuradora da República a Prefeitura de Nossa Senhora do Livramento firmou dois convênios com o Ministério da Saúde para a aquisição de uma ambulância e equipamentos de saúde, através de duas licitações na modalidade carta-convite.
As investigações constataram diversas irregularidades no contrato, como por exemplo, o fracionamento do objeto do convênio sem observação da modalidade de licitação adequada; a realização de licitação sem prévia pesquisa de preços e em discordância da Lei 8.666/93; e semelhanças na assinatura de todos os recibos de entrega das cartas convite de 2002.
MÁFIA DOS SANGUESSUGAS
A organização criminosa conhecida como máfia das sanguessugas ou máfia das ambulâncias era especializada na apropriação de recursos públicos, mediante superfaturamento de preços e manipulação de licitações para aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares em diversos municípios brasileiros. Estima-se que o esquema tenha desviado cerca de R$ 110 milhões em recursos da Saúde.