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Lutador com síndrome de Down estréia no MMA

Garrett Holeve é um homem de 23 anos, mas a síndrome de Down faz com que ele tenha as habilidades de uma criança de apenas nove

Fonte: Da redação com Uol esportes
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Garrett Holeve é um homem de 23 anos, mas a síndrome de Down faz com que ele tenha as habilidades de uma criança de apenas nove. Mas isso não é suficiente para brecar seu ímpeto. O garoto norte-americano descobriu há cerca de três anos uma nova vida, como lutador. Vencendo a desconfiança e o preconceito, fez sua estreia no MMA.

A história de Holeve foi contada em detalhes em um documentário da ESPN norte-americana, que mostra o desafio que ele próprio teve com sua síndrome, as dificuldades de sua família e como ele se tornou lutador, ganhando o apoio de Stephan Bonnar, que já foi um lutador top do UFC.

Nascido em 1989, ainda bebê Garrett tinha características que posteriormente confirmaram o distúrbio genético. “Meu objetivo sempre foi dar toda a oportunidade a ele, como fiz com todos os meus filhos. Meu trabalho era fazer com que ninguém se metesse no caminho dele”, contou à ESPN o pai, Mitch Holeve.

O garoto jogou basquete e beisebol, e o contato com crianças sem a síndrome gerou um preconceito com sua própria condição. “Um dia ele disse: “Não quero mais ser chamado de Garrett. Garett tem síndrome de Down, e ele está morto para mim”, conta o pai. Ele não gostava de circular com outras crianças com Down, por achar que faria mal para sua imagem.

“Down não me afeta, eu apenas ignoro isso”, diz Garrett. Ele passou a conviver melhor quando se tornou lutador. Foi uma ideia do pai dele, que colocou todos os filhos nas artes marciais. “Ele começou a ir para o chão, aprender rapidamente os movimentos. E percebi que tínhamos algo ali”, conta o Mitch.

“Eu luto porque isso me faz feliz. Faz com que eu me sinta bem”, explica o garoto, que também aumentou a autoestima ao perder 18 quilos: “sou uma máquina de músculos”.

Garrett treina na conceituada American Top Team. Lá, foi apadrinhado por Stephan Bonnar – veterano meio-pesado, hoje aposentado, que em 2013 enfrentou Anderson Silva no Rio de Janeiro.

“Esse garoto tem personalidade! Ele não gostava de ter Down e ter de ouvir as pessoas lamentarem isso. Ele encontrou uma paixão nas artes marciais e um propósito para sua vida”, opina Bonnar.

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