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Saiba os riscos da gestação tardia

Especialistas alertam: mulheres que esperam muito tempo para ter filhos podem passar por dificuldades

Fonte: Da redação com ZH
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Foto: SXC.Xchng / SXC.Xchng
Foto: SXC.Xchng / SXC.Xchng

Filhos só depois dos 35. Esse é o pensamento de grande parte das mulheres hoje, que optam por adiar a maternidade a fim de aproveitar melhor os anos de juventude, crescer mais no trabalho e encontrar um certo equilíbrio financeiro e emocional. A gravidez tardia – após os 35 ou 40 anos – é um fenômeno mundial que, segundo o ginecologista Nilo Frantz, pode gerar angústia e ansiedade.

“Se a mulher escolhe a carreira, sabe que tem um relógio interno biológico que lhe diz que pode estar passando a melhor época para ter filhos sem maiores riscos”.

Os números levantados pelo IBGE confirmam essa tendência: em 2001, a proporção de registros de nascimento cujas mães tinham entre 30 e 34 anos era de 14,4%; em 2011, esse número passou para 18,3%. Houve, ainda, neste período, redução na taxa de fecundidade de mulheres entre 15 e 19 anos.

O problema desse novo comportamento é biológico: a quantidade e qualidade dos óvulos que se desenvolvem aos 40 anos é bem inferior àquela dos 20.

“Isto pode ser traduzido como dificuldade na ovulação, fertilização, implantação e desenvolvimento do embrião, menor chance de gravidez, maior chance de aborto e doenças cromossômicas”, explica o ginecologista Marcos Höher.

A quantidade de óvulos já começa a declinar na primeira menstruação e, a cada novo ciclo, diminui o número de óvulos de boa qualidade a serem fecundados. Este processo é contínuo e natural.

“Os que restam são chamados de reserva ovariana, que correspondem ao “estoque” de óvulos que permanece nos ovários disponíveis para gerarem um bebê. Após os 35 anos, na maioria das vezes, este número já fica bem menor, iniciando-se um maior declínio da fertilidade. O ovário fica mais velho, independente da aparência física. Estima-se que uma mulher acima de 38 anos tenha somente 10% dos óvulos que possuía na época da sua primeira menstruação”, conclui.

Com a ajuda da ciência, pode-se driblar o relógio biológico. As chances de engravidar com óvulos congelados, por exemplo, estão cada vez maiores – com a técnica de vitrificação, 90% dos óvulos crio-preservados podem ser recuperados.

Mesmo assim, o tempo segue passando, junto com a melhores condições para uma gravidez saudável e tranquila. O médico Nilo Frantz sugere que as mulheres aproveitem a juventude para realizações profissionais sim, mas sem protelar demais o momento da maternidade. Afinal, sempre haverá tempo para voltar a investir energia em outros projetos.

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