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Nicolás Maduro toma posse como presidente da Venezuela

Oposição não reconheceu vitória e pediu recontagem.

Fonte: DA REDAÇÃO COM G1
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O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e seguranças seguram um homem de jaqueta vermelha que tenta se aproximar de Nicolás Maduro durante a cerimônia de posse (Foto: Francisco Boza/AFP)
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e seguranças seguram um homem de jaqueta vermelha que tenta se aproximar de Nicolás Maduro durante a cerimônia de posse (Foto: Francisco Boza/AFP)

Nicolás Maduro assumiu na tarde desta sexta-feira (19) a presidência da Venezuela, após uma polêmica vitória nas primeiras eleições após a morte do ex-líder Hugo Chávez, ocorridas no último domingo.

“A segurança falhou totalmente. Eles poderiam ter me baleado facilmente”, disse Maduro, após retomar o seu discurso para um público que incluía a presidente Dilma Rousseff e os líderes de Irã e Argentina, entre outras autoridades.

“Juro pelo povo da Venezuela, juro pela memória eterna do comandante supremo que cumprirei e farei esta Constituição ser cumprida”, disse Maduro, rodeado por um quadro gigante de Chávez e com a Carta Magna na mão esquerda.

Segundo a rede Telesur, delegações de 61 países estiveram presentes na cerimônia de juramento, ocorrida na sede da Assembleia Nacional, em Caracas. A presidente Dilma Rousseff também compareceu à posse.

Resultados contestados
A oposição, liderada pelo então candidato Henrique Capriles, se nega a reconhecer o resultado (de que Maduro venceu por 265 mil votos) e classificou Maduro como “ilegítimo”. Protestos no dia seguinte à divulgação dos resultados deixaram oito mortos no país.

Por volta da meia-noite de quinta-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revelou que ampliará a auditoria a 100% dos votos eletrônicos, o que normalmente chega a 54%

A presidente Dilma Rousseff afirmou em Caracas que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) está comprometida com a estabilidade no país e apoia a recontagem dos votos da apertada disputa eleitoral venezuelana.

“É uma nota que reitera o compromisso da Unasul com os processos democráticos, ao mesmo tempo que determina um posicionamento da Unasul como sendo de apoio para a estabilidade, apoio à paz e apoio a todos os processos que constituam legalmente os processos de sustentação democrática”, disse Dilma na chegada à Caracas, segundo transcrição enviada pela Secretaria de Imprensa da Presidência.

Maduro obteve o apoio da Unasul em um encontro de cúpula extraordinário realizado para discutir a situação na Venezuela, mas também recebeu pedidos para baixar o tom na disputa com a oposição do país.

A Venezuela teve que realizar inesperadamente a eleição para escolher um sucessor de Hugo Chávez, depois da morte no começo de março do líder de esquerda, que havia sido reeleito em outubro, derrotando Capriles. Chávez morreu vítima de câncer.

“Convido a todos e todas para a posse do primeiro presidente chavista, filho de Chávez”, disse Maduro, confiante de que conseguirá reunir chavistas na cerimônia, que contará com dezenas de chefes de Estado, entre eles a presidente Dilma Rousseff.

Maduro tem pela frente a difícil tarefa de que conseguir que a oposição, que conquistou a maior votação nas urnas contra o chavismo em eleições presidenciais, o reconheça. Além disso, terá que demonstrar ao movimento criado por Chávez que ele está capacitado para liderá-lo e “aprofundar” o rumo ao socialismo no país.

EUA
O governo venezuelano seguiu ‘politizando o sistema judiciário e impedindo a liberdade de expressão, incluindo de membros da imprensa’ em 2012, denunciaram os Estados Unidos em seu relatório anual sobre Direitos Humanos divulgado nesta sexta-feira.

O executivo ‘usou a justiça para intimidar e perseguir de maneira discriminada lideranças da sociedade civil, empresarial, sindical e políticos que criticavam as políticas ou ações governamentais’, de acordo com o relatório, que acrescenta que os meios de comunicação e jornalistas foram perseguidos pelo governo com ‘ameaças’ e ‘multas’ no ano passado.

O informe, elaborado pelo Departamento de Estado, denuncia também que Cuba continua ‘sob controle de um regime autoritário’ e lembra que, no final do ano, ‘o governo continuava rejeitando os apelos para que seja realizada uma investigação independente’ sobre o acidente de trânsito que causou a morte do dissidente cubano Oswaldo Payá, em 22 de julho, pelo qual o espanhol Ángel Carromero foi condenado.

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