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Lobão diz que novo livro foi feito para derrubar o “hype” da esquerda

Fonte: Da redação com UOL
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André Muzell / AgNews
André Muzell / AgNews

O músico Lobão está sendo “ameaçado de morte”, o motivo, segundo ele é seu mais recente livro “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” no qual tece críticas ao comunismo, a presidente Dilma Roussef e a nomes importantes do meio cultural brasileiro como Gilberto Gil e Chico Buarque.

Durante sessão de autógrafos na noite desta segunda-feira (6) na livraria da Travessa, no Rio, o cantor e escritor se autointitulou um “Chico Xavier proto-punk do inconsciente coletivo”. “Não sou dono de uma verdade absoluta, mas sou a favor da liberdade de expressão. Espero que esse livro estimule as pessoas”, disse o artista. Lobão garantiu que “não está falando nada demais” e que “as pessoas são muito sensíveis”.

“Adoraria reunir o Gil, o Chico e a Paula em uma mesa redonda. Sou a favor do diálogo e estou aberto ao que eles têm para falar”, comentou o artista que no livro acusa Paula Lavigne de ser a “rainha da Lei Rouanet”, referindo-se a grande quantidade de verba captada pela produtora da ex de Caetano.

A ideia de falar sobre assuntos que “assolam o Brasil” veio a partir do momento que Lobão viu seu “direito de ser idiota” sendo usado pelos políticos. “Vim para derrubar o hype de que a esquerda é hype. A esquerda é uma bosta, cafona. Se você quiser saber a cara da esquerda é só olhar a cara da Dilma, ir a Cuba ou ver o programa da Regina Casé”, alfinetou.

Para ele as opções para futuros governantes no Brasil são escassas. “O Aécio (Neves) não presta, votar na Marina (Silva) é trocar seis por meia dúzia. O Brasil precisa de um novo partido para repensar o que já foi feito”, opinou Lobão. “Uma Margareth Tatcher poderia ser uma solução, mas se eu falar isso me jogam pedra”, acrescentou.

Ainda na percepção do artista o “intelectual de esquerda é o campeão da masturbação de p** mole”. “Ele é um frouxo, ele não transcende o indivíduo e um frouxo unido jamais será vencido”. Indagado se o rótulo de reacionário o incomoda mais do que o de polêmico, Lobão desdenhou.

“A questão não é se eu me incomodo, mas o quanto eles vão se incomodar. Se eu fosse eles eu estaria pedindo misericórdia. A vítima é o outro, eu sou o terror que veio para colocá-los em seus devidos lugares”, disse Lobão em tom desafiador. Ele brincou ao revelar que ainda escreverá um livro sobre “o porquê de todos nós acharmos sexy ser comunista”.

Quando o assunto foi a produção musical atual, o cantor afirmou que nada lhe causa interesse e lamentou o fato de Roberto Carlos ao qual chamou de “heroi” ter se tornado uma “múmia deprimida”. “O fato é que ele se tornou uma múmia, o porquê eu já não sei”, disse para risada das dezenas de fãs que prestigiaram a noite.

Lobão adiantou que os direitos do seu primeiro livro, “50 Anos a Mil”, já foram vendidos para o cinema. Quanto ao ator para interpretá-lo ainda não se sabe. “Vou escolher alguém de coragem”, finalizou.

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