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PROTESTO

Bate-boca e protesto marca o último dia da Seleção Brasileira em Goiânia

O governo estadual investiu R$ 2,5 milhões na reforma do CT do Goiás, que foi usado apenas duas vezes durante a estadia

Fonte: Da redação com Uol esporte
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O treino aberto que a seleção brasileira fez na manhã desta quarta-feira no estádio da Serrinha, em Goiânia, transcorreu sem incidentes por quase todo o tempo. Mas no momento em que o jogadores alongavam, um torcedor se envolveu num bate-boca com o preparador físico da seleção, Paulo Paixão, que tomou as dores de Felipão.

O torcedor interpelou Felipão do alambrado, reclamando de apenas no último dia da passagem da seleção por Goiânia a equipe ter feito um treino aberto. Paixão respondeu asperamente. “Você quer entrar aqui para resolver a organização?”. O torcedor respondeu e houve um rápido bate-boca, que depois esfriou.

No restante da sessão, o clima foi bem mais ameno. Varredora de uma das ruas adjacentes à Serrinha, o estádio do Goiás, Sandra Sousa encostou a vassoura quando viu a comoção causada pela escolta policial que normalmente acompanha a seleção brasileira em Goiânia.

“Quando cheguei perto do portão, vi que estava todo mundo entrando também e agora estou aqui vendo esses meninos. O Neymar é muito magrinho”, comentou a varredora, debruçada no alambrado.

Além de Sandra outras 200 pessoas testemunharam o treino. Sem alarde e sem aviso, os portões da Serrinha foram abertos por volta de 9h, e o público aos poucos foi chegando. A polícia militar de Goiânia e o Goiás preferiram não divulgar a abertura para evitar tumultos.

Diante da grande presença de crianças, a tietagem até foi discreta. Poucos gritos para os jogadores, por exemplo. Mas a ocasião foi perfeita para a turma querendo aparecer. Integrantes de uma banda de covers local, a Mark 4, vieram vestidos em fantasias de super-heróis para o treino. Entre eles, um “Neymar de Ferro” – um modelo da armadura do Homem de Ferro pintado de verde amarelo e azul.

“Nossa banda toca sempre fantasiada, mas quisemos homenagear o Neymar”, contou o tecladista Marcelo Lima, que vestiu a armadura e durante um bom tempo gritou para tentar  atrair a atenção do atacante do Barcelona. “Quero entregar o capacete para ele, que tem até um moicano”, justificou.

A polícia militar teve ordem para fechar os portões se o número de torcedores chegasse a 800. Mas não foi necessário. O treino transcorreu sem incidentes.

FELIPÃO

No trabalho desta quarta-feira, Luiz Felipe Scolari treinou a pontaria dos seus jogadores. Em três atividades, o treinador fez os jogadores de ataque concluírem ao gol.

Nos últimos dois amistosos, o time de Scolari marcou cinco gols, dois contra a Inglaterra e três na vitória diante da França. No próximo sábado, o Brasil estreia na Copa das Confederações contra o Japão, em Brasília. Ainda na primeira fase do torneio, o time pega o México e a Itália.

SITUAÇÃO CRITICA

A seleção brasileira fez grande parte da sua preparação para a Copa das Confederações em Goiânia com a esperança de encontrar na cidade o carinho do torcedor que faltou nos últimos jogos da equipe no país. O governo estadual investiu R$ 2,5 milhões na reforma do CT do Goiás, que foi usado apenas duas vezes durante a estadia. Oito dias depois, o cenário é bem diferente daquele que se planejou. Isolada, criticada por políticos, jornalistas e torcedores, a equipe verde-amarela movimentou a cidade de forma negativa para si e para os aliados da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) enquanto preparou-se para a Copa das Confederações. A decisão da comissão técnica de treinar no CT do Goiás, em um bairro afastado do centro, criou de cara uma pressão por conta do investimento feito. O fato de o time ter realizado apenas um treino aberto ao público, justamente nesta quarta-feira, o último dia na cidade, também foi alvo de reclamações.

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