Em resposta as declarações do vice-prefeito Rogério Salles, que a folha salarial dos servidores do município pode entrar em colapso, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) gostaria de salientar que em 2005 quando o Adilton Sachetti assumiu a administração municipal, a folha de pagamento da Prefeitura era de 47% da receita corrente líquida do município.
No final da gestão do Adilton em 2008, o percentual da folha caiu para 37%, e foi nesse patamar que o Zé Carlos do Pátio assumiu. Em 2010, Pátio elevou a folha para 43% da receita corrente líquida, e em 2012, quando o mesmo deixou a gestão, a folha já estava enxuta, já era apenas de 40% das receitas. O ano de 2012 ainda não foi publicado pelo Tribunal de Contas do Estado, mas a prefeitura estava bastante enxuta.
“Se neste ano a folha adquiriu esta proporção, é hora da gestão repensar e parar as contratações e nomeações, que já fazem 60% do quadro dos servidores, senão vai ter mesmo um colapso, e isso pode ter procedência mas de janeiro para cá”, explica o presidente do Sispmur, Rubens Paulo.
Ele também explica que assumiram no último ano, 240 novos professores concursados e na audiência ficou bem claro que o problema é de gestão, pois não fizeram o que deveriam fazer, a exemplo o “apadrinhamento”, além de que a prefeitura ainda não tem uma política fiscal, isto é renúncia fiscal.
Já em relação a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), ela é prestadora de serviços e recebe da prefeitura por isso, “se misturar as coisas não é bom o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado saber, pois o capital é totalmente separado, são distintos, a Coder não é uma autarquia, é empresa de economia mista, aquela dívida foi gerada por ingerência, acréscimo de juros e multas altas, pelo não pagamento dos parcelamentos, que poderiam sim ter sido quitados”, diz.
A reivindicação dos servidores desde 2008 é de 19%, bem abaixo dos aumentos já praticados esse ano no município. Quanto ao piso nacional da educação, o prejuízo para os servidores é de 20,96%, sem falar que professores e supervisores desde 2004 tem também um prejuízo mensal de 10% de inflação, conforme levantamento da própria administração municipal.