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Música Brasileira aquece mercado de discos de vinil

Fonte: Da redação com IG
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A procura por discos de vinil de artistas nacionais pode ser considerada uma tendência no mercado musical. Em vendas online ou em lojas físicas, especialistas afirmam que há o crescimento de um segmento que, até pouco tempo, era restrito a colecionadores e DJs.
O aumento do interesse por vinis é sensível, principalmente quando se trata de artistas nacionais. Um dos discos que mais saem na loja paulistana Locomotiva é “Nó na Orelha”, do cantor Criolo, lançado em 2011.
O Criolo está sendo bem procurado, é o que vende mais”, conta Márcio Custódio, proprietário da loja e organizador de feiras de discos de vinil. Álbuns relançados do grupo de rock Os Mutantes e do cantor Jorge Ben Jor – na fase Jorge Ben – também estão em alta.

A música brasileira feita nas décadas de 1960 e 1970 é um alvo de quem gosta de vinis – assim como o rock, gênero que ainda é o campeão de vendagem. “Há bastante procura, tanto pela música mais antiga da tropicália, jovem guarda, samba e bossa nova quanto por artistas contemporâneos”, afirma Custódio.

Nas feiras itinerantes de discos de São Paulo, “os compradores são na maioria homens, mas o número de mulheres vem aumentando”, diz Custódio. Os eventos já aconteceram no centro da cidade, na Vila Madalena e, recentemente, no MIS (Museu da Imagem e do Som).

AQUECIMENTO ONLINE

Na plataforma de vendas online do MercadoLivre, o crescimento pela procura dos discos, e o consequente aumento no número de vendedores, ganha destaque. Em comparação ao primeiro semestre de 2012, a empresa constatou que a venda de CDs perdeu espaço para o vinil.

Atualmente, os CDs correspondem a 53% da fatia de vendas de mídias musicais, com 7,96% de queda. Os LPs somam 27% das vendas, com aumento de 6,11% dentro da plataforma. Atualmente, existem 18.369 LPs novos e 264.063 usados à venda no site, conta a empresa com exclusividade ao iG . Entre os Estados que mais têm vendedores oferecendo discos (entre novos e usados) estão São Paulo (130.959 discos), seguido por Rio Grande do Sul (59.319) e Rio de Janeiro (34.371).

REFLEXOS

Embora muitos proclamem o fim da indústria de fabricação de CDs e discos de vinil, abalada pela popularização dos formatos digitais, na única fábrica de vinis da América Latina, a Polysom, há um clima de otimismo.

Hoje tocada pelos sócios da gravadora Deck Disc, a Polysom acredita no aquecimento gerado pela crescente demanda de LPs e compactos de 7 polegadas. “O crescimento de janeiro a julho de 2013, comparado ao mesmo período de 2012, é de 104,43% em LPs e 315,84% em compactos”, afirma João Augusto, consultor da Polysom.

Entre os lançamentos, há variedade musical, “da MPB ao rock, do funk ao samba, todos os gêneros têm sido fabricados”. Entre títulos recentes estão “Carlos, Erasmo” (lançado originalmente em 1971), de Erasmo Carlos, “Lugar Comum” (1975), de João Donato, entre outros volumes da coleção “Clássicos em Vinil”.

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