O prefeito Percival Muniz (PPS) vetou dois importantes projetos para a área de saúde em Rondonópolis, um é sobre o Sistema Municipal de Internação Compulsória de Dependentes Químicos e o outro assegurava à vacinação gratuita para mulheres de 9 a 45 anos, contra HPV. A decisão do prefeito de vetar o projeto de internação de dependentes químicos acabou ‘soando’ como uma contradição, já que no mês passado, durante um evento ele falou que iria lançar uma campanha para poder criar um Centro de Recuperação que internasse de forma compulsória (leia aqui).
O projeto é de autoria do vereador Manoel da Silva Neto (PMDB), e agora que o prefeito resolveu ‘abandonar’ a ideia ele pede o apoio dos vereadores para derrubar o veto. “Meu objetivo é que seja criada no município uma comissão que avalie os casos que precisam ser tratados de forma compulsória, ou seja, involuntário e encaminhe esse parecer para o Judiciário. Há casos onde os dependentes químicos já perderam sua lucidez e, se depender deles, seria impossível interná-los para tratamento”, explicou o parlamentar.
De acordo com o líder do prefeito na Câmara, vereador Aristóteles Cadidé (PDT), a escolha de vetar, foi porque o município não tem recursos para arcar com o projeto.
“Hoje se você quiser internar um dependente químico voluntariamente, já não há lugar. É preciso uma estrutura grande, com médicos, porque não se trata de internação da noite para o dia, a prefeitura não tem condições de colocar o projeto em prática, por isso o veto”, disse Cadidé.
OUTRO VETO
De autoria do vereador Adonias Fernandes (PMDB), o projeto aprovado pelo legislativo que assegurava à vacinação gratuita para mulheres de 9 a 45 anos, contra HPV, também foi vetado pelo gestor do executivo (Saiba Mais).
“Estamos falando de vacina, coisa barata, não entendo porque o prefeito vetou. Todos nascemos de uma mulher, a vacina serve para prevenção do câncer, o tratamento sai mais caro para o município. Com apoio dos nobres colegas vereadores vamos derrubar o veto, já que se trata de um projeto de suma importância para a sociedade”, acrescentou.