O trecho de aproximadamente 22 quilômetro da MT- 175 entre o municípios de Araputanga e Reserva do Cabaçal terá que ser refeito. É o que aponta relatório apresentado hoje junto a Comissão de Infraestrutura Urbana e de Transporte da Assembleia Legislativa pelo presidente do CREA ( Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ) engenheiro civil Juarez Samaniego. Samaniego disse que, em geral, as obras que estão sendo executadas em Mato Grosso “ são de péssima qualidade”. O relatório é resultado de uma parceria do Conselho com a Comissão de Infraestrutura com objetivo de vistoriar, inicialmente cinco obras. “Falta planejamento em alguns casos e há má execução em outras”.
Até o momento três obras foram vistoriadas e todas deixam de atender as normas técnicas de construção, segundo o Conselho. Hoje foi apresentado o relatório da MT-175. Os relatórios das demais obras devem ser enviados à comissão nos próximos dias. Ao receber a informação, o deputado Dilmar Dal Bosco disse da necessidade de se unir forças dos Poderes Públicos e sociedade civil para que se possa encontrar uma solução, uma política de melhoria da malha viária. Outro aspecto apontado por ele é a necessidade de planejamento das obras.
Sobre a fase de planejamento, o presidente do Conselho também criticou a postura do Ministério Público e do Tribunal de Justiça que, segundo ele, não comparecem aos seminários e debates sobre as obras públicas, mas depois criticam. “Nos debates o Ministério Público não envia ninguém. O Tribunal de Contas não manda ninguém. Quando estão sendo feitos projetos e planilhas orçamentárias que precisa dos profissionais dos órgãos de controle ele não participam, mas depois criticam”, lamentou Samaniego.
Além de ouvir o Conselho, a Comissão aprovou hoje o Projeto de Lei 243/13 de autoria de Mauro Savi que dispõe sobre a estadualização da estrada do portal verde que liga o município de Sorriso ao município de Tapurah. O projeto de lei 215/13 de Romoaldo Júnior também entrou em pauta, mas recebeu pedido de vistas do deputado NIninho que quer avaliar melhor a proposta. O projeto dispõe sobre a obrigatoriedade da apólice de seguro de responsabilidade civil profissional de empresas de engenharia, arquitetura e agronomia em obras, projetos e serviços contratados.
Ao final da reunião, o presidente da Comissão, deputado Sebastião Rezende avaliou que a participação do Conselho, com apresentação do relatório, cumpre a determinação de se acompanhar, de perto, a execução de obras públicas em todo o Estado. A meta, segundo ele, é manter o trabalho de acompanhamento de obras como estradas, presídios, escolas, hospitais e outras, importantes para o Estado.