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Documentário mostra a vida de Mário Lago

Fonte: Da redação com assessoria
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Foto: divulgação
Foto: divulgação

“Sambista, ator e autor” é assim que Mário Lago se define no documentário “Mário Lago”, que será exibido pela primeira vez em São Paulo no dia 23 de outubro no Espaço Itaú da Augusta às 20h na 37ª Mostra Internacional de São Paulo, que acontece de 18 a 31 de outubro. Com direção de Marco Abujamra e Markão Oliveira, a narrativa do filme é feita pelo próprio Mário Lago, que nos leva para um passeio sobre sua vida, por meio de entrevistas, composições e frases que continuam acompanhando gerações, sem abrir mão da lucidez e do carisma típicos de um exímio carioca.

Com 96 minutos, o documentário resgata imagens de arquivo raras, como Andrews Sisters cantando “Aurora” com Abbott e Costello no filme “Hold That Ghost ” de 1941, e também alguns depoimentos como o de Lima Duarte. Nele o ator conta o inicio da amizade dos dois na Rádio Tupi e os tempos de boêmia, fechando com uma citação que Mário Lago fez sobre Lima, que segundo ele foi a mais linda homenagem que recebeu em sua vida.

No filme, Mário Lago conta sobre uma época que estava em uma situação econômica difícil, sem trabalho na “lista negra” da ditadura e Dercy Gonçalvez quando soube o chamou para participar de um espetáculo. “O melhor cachê é para o Mário” recomendou Dercy. Mas, Mário ficou cabreiro com o “estilo de teatro” de Dercy, e foi conversar com a atriz que rapidamente rebate “Mário, o mais importante é o leite das crianças”. O documentário ilustra a história com cena rara dos dois no palco.

Mário Lago foi preso 7 vezes por motivos políticos e um de seus companheiros de prisão foi Pedro, detido na ditadura militar e acusado por engano de comunista. Pedro era uma pessoa humilde e muito jovem na época, que entrou em profundo desespero diante da situação e no documentário ele narra como “Seu Mário” o acolheu do inicio ao fim.

Para Marco Abujamra, que também dirigiu o premiado “Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal”, Mário Lago era uma flor com raízes de aço. “Se é possível ser acolhido postumamente, creio que o fui. É a segunda biografia que faço, e nas duas busquei me inspirar na obra e na intimidade dos personagens para desenvolver a linguagem, para escolher como contar essas histórias. E esse mergulho delicioso na vida de Mário Lago foi um privilégio que estará sempre guardado num lugar muito especial em meu coração”, observa.

Já na visão do diretor Markão Oliveira, o documentário “Mário Lago” nos leva para um Rio de Janeiro mais gentil, alegre e delicado e também para um momento histórico, tenebroso, passando pela formação de diversas produções culturais e artísticas que marcaram o século 20 no Brasil.

No documentário “Mário Lago”, os 25 anos de carreira na televisão, o amor pelo rádio e a atuação no cinema também são retratados através de trechos raros de programas da rádio nacional, novelas como “O Casarão”, “Barriga de aluguel”, na série “Hilda Furacão” e no filme “Terra em Transe” de Glauber Rocha.

Para completar o filme traz versões de poesias de Mário Lago musicadas por Lenine e Arnaldo Antunes e nos leva a compreender a frase de Mário Lago: “Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra”.

O documentário “Mário Lago” foi produzido pela Dona Rosa Filmes e conta com o patrocínio da Light e da TV Globo.

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