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Estilista Azzedine Alaïa é tema de exposição em Paris

Fonte: Da redação com globonews
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Foto: reprodução/Globonews
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A beleza e os detalhes esculturais de 70 modelos de Azzedine Alaïa estão em destaque na exposição sobre o estilista que está em cartaz no Museu da Moda de Paris e pode ser conferida até o dia 26 de janeiro. O artista tunisiano chegou à capital francesa no fim dos anos 50 e ficou famoso por moldar suas peças direto no corpo feminino.

Depois de rápidas passagens pela Dior e pelo Guy Laroche, ele começou carreira solo. Por 20 anos, vestiu personalidades como a escritora Louise de Vilmorin e as atrizes Arletty e Greta Garbo, que ajudaram a criar seu prestígio. Em 1979, foi encorajado pelo também estilista Thierry Mugler a lançar sua primeira coleção. Desde então, é considerado um dos maiores nomes da moda e um dos poucos que dominam todas as etapas do processo de confecção.

O correspondente da Vogue Brasil em Paris, Paulo Mariotti, destaca que a mostra não segue a ordem cronológica. “O trabalho de Alaïa é atemporal. A arte do estilista é próxima da arquitetura, quase uma escultura sobre o tecido”, avalia. As peças estão reunidas por temas e cores, de maneira a se integrar à decoração do museu, que acaba de ser restaurado e recuperou a aparência do século XIX.

Considerado um estilista genial e respeitado por todos no mundo da moda, Alaïa prefere manter a independência e não liga para honrarias, tendo recusado, inclusive, o cargo de diretor criativo da Dior e a Légion d’Honneur, uma condecoração do governo francês.

Ana Wintour fica de fora de desfile

Em julho de 2011, insatisfeito pelo fato de a Vogue americana não ter fotografado suas peças, não convidou a poderosa Ana Wintour para seu desfile. “Foi mais ou menos como se o G8 organizasse uma reunião sem convidar o ministro das finanças americano”, compara Mariotti.

Com a exposição, Alaïa conseguiu também a proeza de levar a moda ao sério Museu de Arte Moderna, que fica bem em frente ao Musée Galliéra. Oito vestidos da mostra são apresentados no MAM, em uma sala dedicada a Henri Matisse, sendo três deles criados especialmente para o espaço e com referência à paleta do pintor.

Foto: reprodução/Globonews
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