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Morte de Ayrton Senna ainda assombra Adrian Newey

Fonte: Da Redação com Globoesporte
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Conhecido como “O Mago da Aerodinâmica”, o projetista da RBR, Adrian Newey, revela que a morte do tricampeão Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, ainda o assombra 19 após o acidente. Newey era projetista da Williamsna época em que o brasileiro se chocou contra o muro na curva Tamburello, em Ímola, a mais de 300 km/h, sofrendo lesões que o levariam a morte momentos depois.

– O que aconteceu naquele dia, a causa do acidente, ainda me assombra até hoje – revelou à rede de TV britânica BBC.

O britânico afirmou que “nunca se saberá” se o acidente foi causado por um erro do piloto ou por uma falha na coluna de direção. Tanto Newey quanto Patrick Head – diretor técnico da equipe na época – foram processados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas foram inocentados das acusações.

À época, a acusação alegou que uma modificação na frágil coluna de direção teria feito com que o dispositivo quebrasse em um momento crucial. Já a Williams afirmou que toda a telemetria apontava para um erro do piloto, que teria forçado muito o conjunto diante de lombadas, na tentativa de controlar o carro, por conta da dificuldade de estabilidade do modelo FW16.

– A falha na coluna de direção foi a causa, ou ela teria se quebrado por conta do impacto? Não há dúvidas de que ela quebrou. Ainda assim, toda a telemetria, as câmeras do circuito, de transmissão e do carro de Schumacher, que vinha logo atrás, não mostraram de maneira consistente uma falha na coluna. Primeiro o carro deu uma saída de traseira e só depois seguiu reto em direção ao muro. Mas a primeira coisa foi realmente a saída de traseira, mais ou menos como acontece nos ovais americanos – o carro perde a traseira, o piloto tenta corrigir e acaba indo direto de encontro com o muro de proteção, o que não se encaixa com uma falha na coluna de direção – disse Newey em entrevista à rádio “5 live F1” nesta quinta.

Adrian ainda se entristece ao lembrar que Senna se juntou à Williams para conquistar o quarto título mundial, e o carro que lhe foi dado não estava à altura para triunfar no campeonato.

– Existia uma energia enorme sobre ele, algo difícil de descrever. Ele certamente tinha uma presença. Creio que o que mais me assombra é o fato de ele ter se juntado à Williams porque tínhamos criado carros excelentes nos últimos três anos, e ele queria competir por um time que tivesse o melhor carro. Mas, infelizmente, o modelo de 1994 não começou a temporada em boa forma. Ayrton tinha um talento puro, e era muito determinado. Ele tentou levar o carro adiante e fazê-lo realizar coisas da qual o equipamento não era capaz. É muito injusto que ele estivesse nessa posição. E depois, quando conseguimos acertar o carro, ele já não estava mais conosco.

Hoje na RBR, Adrian Newey é responsável pelo bólidos que ajudaram Sebastian Vettel a conquistar três títulos mundiais e que também faturaram os campeonatos de construtores desta fase. O “Mago” também foi o responsável pelas Williams que levaram Nigel Mansell a ser campeão em 1992 e Alain Prost a faturar o tetra em 1993, contando com a ajuda do revolucionário sistema de suspensão ativa. Depois, já pela McLaren, construiu os carros que levaram Mika Hakkinen ao bicampeonato em 1998 e 1999.

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