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Briga entre agentes nos bastidores pode tirar promessa do São Paulo

Fonte: Da Redação com Uol esportes
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O ano de 2013 teve saldo positivo para Lucas Evangelista. Revelado nas categorias de base do São Paulo, em Cotia, o meia foi promovido ao elenco profissional e teve algumas chances como titular com Paulo Autuori e com Muricy Ramalho. Um imbróglio nos bastidores e que deve chegar aos tribunais pode, entretanto, afastar o jogador do Morumbi em 2014.

Lucas, atualmente, pertence ao Desportivo Brasil, da Traffic, e está emprestado ao São Paulo até junho do próximo ano. O São Paulo detinha 30% dos direitos, e já investiu para adquirir mais 30% – os outros 40% permanecem com a empresa – mas seu agente, Wagner Ribeiro, pode anular toda a negociação.

O estafe do jovem pauta-se em dois argumentos que podem cancelar seu contrato com a Traffic: primeiramente, o acordo foi assinado quando ainda era menor de idade; em segundo, há grande desigualdade nos termos, já que o jogador não detém absolutamente nenhuma porcentagem sobre seus próprios direitos econômicos. A empresa já foi notificada e o caso deve ir à Justiça.

Uma decisão anulando o contrato entre o Desportivo Brasil e Lucas Evangelista, por consequência, tornaria nula toda a negociação entre Traffic e São Paulo, deixando o jogador e seu empresário sem vínculo e livres para negociar com qualquer outro clube. O cenário é desastroso para o clube do Morumbi, que já investiu cerca de R$ 2 milhões na compra de direitos do atleta, e pretendia firmar um novo acordo até 2017.

A situação tem tudo para trazer à tona um episódio similar na história recente do São Paulo: no final de 2009, o meia Oscar entrou com ação na justiça para rescindir com o clube, utilizando o mesmo argumento, de que seu contrato havia sido assinado quando ainda era menor de idade. O jogador obteve ganho de causa na primeira instância e deixou o elenco. O tricolor recorreu e conseguiu reverter a decisão, mas Oscar já atuava pelo Internacional, e o assunto acabou resolvido com uma indenização, considerada baixa pela cúpula são-paulina.

Mesmo que a ação dê certo e que Lucas Evangelista fique sem contrato, a intenção de Wagner Ribeiro não é leva-lo para longe do Morumbi, e sim pleitear uma valorização. As exigências são duas: um aumento salarial, e parte dos direitos econômicos pertencendo ao próprio jovem.

Evangelista recebe do clube, atualmente, cerca de R$ 12 mil, salário considerado baixo pelo seu estafe, que pretende algo em torno dos R$ 50 mil. O UOL Esporte apurou que, no primeiro semestre, o Santos demostrou interesse no jogador, e sinalizou com a possibilidade de pagar o valor esperado, mas as negociações não avançaram.

Assim como ocorreu no caso Oscar, que levou dois anos até uma decisão final, o imbróglio pode se estender por bastante tempo. Enquanto isso, o São Paulo corre atrás de reforços até a reapresentação do elenco, marcada para o próximo dia 6 de janeiro.

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