O ano terminou exatamente como começou para os sojicultores mato-grossenses: trabalhando, melhor, colhendo. Por mais um ano, o Estado que lidera a produção nacional da oleaginosa sai na frente na colheita e antes mesmo da virada do ano, já retomava os trabalhos ainda na semana do Natal.
A estimativa de sindicatos rurais ouvidos pelo Diário é a de que menos de 1% da área de mais de 8,30 milhões de hectares tenha sido colhida até o último dia de 2013. Os trabalhos são tímidos e se concentram em áreas semeadas entre 15 e 20 de setembro com variedades chamadas de superprecoce e precoce, as preferidas do produtor que vai fazer a safrinha, ou segunda safra com algodão. Da mesma forma como foi difícil precisar, ainda em setembro, que município havia dado a largada do plantio no Estado, na colheita a incógnita segue. Mas os relatos de colheitadeiras nas lavouras vêm de várias partes de Mato Grosso, sudoeste em Campo Verde e Primavera do Leste, noroeste com Sapezal e médio norte com Lucas do Rio Verde e Tapurah.
O grosso da colheita começa a partir da segunda quinzena e atinge pico até o final do mês. A previsão é de que os trabalhos sigam até a primeira semana de abril, como no ano passado, mas tudo vai depender do clima, que é quem vai ditar o ritmo das colheitadeiras a partir de agora. Janeiro de 2013 foi marcado pelas fortes e constantes chuvas que além de atrasar o ponto de colheita das plantas ainda acabou concentrando os trabalhos numa curta janela de tempo.
A safra 2013/14 é a maior da história do Estado, tanto em área como em estimativa de produção. São esperados mais de 25 milhões de toneladas e a área semeada supera do antigo recorde (2012/13) em 4,9%. Além do clima, a ação de pragas, como a Helicoverpa armigera, e doenças, como a ferrugem asiática serão determinantes, ao saldo.