A poda da grama e outros serviços de manutenção e limpeza feitos pelos funcionários e por maquinários da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis – Coder, em vários trechos dos canteiros e dos trevos existentes na BR-364, que cortam o espaço urbano da cidade, foram questionados pelo vereador Reginaldo Santos (PPS), na sessão ordinária desta quarta-feira (29), na Câmara Municipal. O parlamentar valorizou o trabalho dos servidores e elogiou o embelezamento, mas criticou a postura omissa do Departamento Nacional de Infraestrutura – Dnit, que deixou chegar ao ponto da prefeitura ter de assumir uma responsabilidade que compete ao Governo Federal, se tratando de uma rodovia.
O raciocínio do vereador foi de que se a Coder pode fazer o serviço e é uma empresa devidamente legalizada, após o reparcelamento e a emissão recente da certidão de regularização fiscal, que seja estabelecido então um contrato entre o DNIT e a companhia rondonopolitana. “O prefeito Percival Muniz se mostrou mais uma vez comprometido com Rondonópolis e autorizou a limpeza destes locais, que inclusive resumem nossa cidade para quem passa pela rodovia. Acontece que como bem se sabe esta é uma responsabilidade do Dnit. Eu temo que aquela máxima que ‘favor repetido vire obrigação’ e daqui a pouco o Município seja cobrado por manter estes locais limpos. O Dnit tem recursos suficiente para celebrar contrato com a Coder e resolver o problema”, comentou.
Reginaldo fez questão de chamar a atenção para o Governo Federal que mostra poucos investimentos em Mato Grosso, sobretudo nas rodovias existentes no estado. “Os motoristas e pessoas que moram nas regiões próximas a BR-364, junto até mesmo a nós vereadores, estávamos reclamando do tamanho do mato no trevão e em outros pontos específicos. Eu entendo ser louvável a atitude do Município tomar a frente das situações e solucionar o problema, que é o mais importante. Mas como rondonopolitano e mato-grossense eu fico um pouco preocupado, já que vejo meu estado dando tanto à nação, produzindo e sendo fundamental para as exportações brasileiras e ainda com problemas de investimento gravíssimos em infraestrutura de sua malha viária, que é talvez a mais exigida no número de veículos pesados transitando do Brasil (…) Chegar ao ponto da prefeitura ter que parar de trabalhar em outros serviços dentro da cidade e assumir a poda do mato dos canteiros da BR me aborrece um pouco”, assume o parlamentar.