O Ministério Público Estadual e demais instituições integrantes da Câmara Temática de Trânsito, oriundo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI/MT), a desenvolverem o projeto “Trânsito Consciente – Operação Lei Seca Mato Grosso”, que será lançado na próxima quinta-feira (20), às 09h, na Praça das Bandeiras, em Cuiabá.
A iniciativa tem como objetivo coibir a ingestão de bebida alcoólica por condutores quando estiverem na direção de veículos automotores, evitando acidentes causados por embriaguez. A meta é que, no mínimo, dez mil condutores sejam abordados nas operações até o final deste ano, como forma de sensibilizá-los para que haja mudança de comportamento. Os últimos ajustes para o lançamento da campanha foram feitos na segunda-feira (17), na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso (SESP), que é a coordenadora geral do projeto.
As blitzes serão desenvolvidas em todo o Estado, pelas Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal. Já o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) irá coordenar as ações através de palestras e ações educativas. A promotora de Justiça Márcia Borges Furlan destaca que a mudança comportamental como principal alvo da campanha. “Nós pretendemos alcançar uma mudança de comportamento do cidadão, que hoje ingere bebida alcoólica, pega o volante sem o menor problema e constrangimento. Queremos, justamente, trabalhar para que essa atitude se extingua do comportamento social dos nossos jovens e dos mais velhos, que são os mais difíceis pois trazem esse habito arraigado”, explicou a promotora.
A Polícia Militar atuará com as medidas administrativas que são as abordagens aos motoristas e toda parte de notificação, conforme destacou a major Grasielle Bugalho. “O motorista que estiver embriagado até 0,3 é considerado infração gravíssima, perde sete pontos na carteira e é notificado. Com teor alcoólico acima de 0,3 além da parte das infrações administrativas, também infringirá como flagrante lavrado pela Polícia Civil com os delegados da Delegacia de trânsito que estarão no local para arbitrar a fiança”, pontuou a Major.
A ONG britânica “Programa de Qualificação Internacional das Estradas” aponta que os acidentes automobilísticos, com ou sem vítimas fatais, implicam num gasto público equivalente a 2% do PIB dos países desenvolvidos e até 5% nos demais. No Brasil, as estatísticas de vítimas e gastos públicos destinados a atendimento dos acidentes de trânsito, acompanham a tendência mundial, sendo que, só em 2011, o país gastou R$ 200 milhões em internações no SUS para vítimas de acidentes de trânsito, exceto a reabilitação e uma segunda cirurgia.