Mais uma vítima da quadrilha envolvida em um esquema de liberação de casas populares em Rondonópolis, mediante o pagamento de propina, registrou um Boletim de Ocorrência. O bando foi desarticulado pela Polícia Judiciária Civil ontem (27).
Desta vez, o pagamento de R$ 2.500 já tinha sido feito e a vítima só ficou sabendo do golpe após ver a divulgação e prisão dos suspeitos pela imprensa. Ele afirmou em depoimento que o suspeito Homeu teria procurado o pai dele e oferecido o imóvel. Ele contou ainda que a aprovação aconteceria em 15 dias e o imóvel seria liberado em 45 dias.
De acordo com o delegado Regional Henrique Meneguelo, os suspeitos foram encaminhados a Penitenciária da Mata Grande e ele fará um pedido da quebra de sigilo telefônico e bancário dos acusados.
O delegado Regional ainda informou que a partir da prisão da quadrilha, a Polícia Civil irá aprofundar as investigações para descobrir o envolvimento de outras pessoas no esquema e participação de órgãos e instituições financeiras. “Acredito que mais pessoas possam estar envolvidas no crime e não descarto a possibilidade de que servidores da Prefeitura Municipal ou de funcionários da agência bancária participavam do esquema”, diz.
A QUADRILHA
O esquema tinha a participação de quatro pessoas, Cleber Alves de Lima, 35 anos, Adriana de Souza Braga, 26, Homeu Carvalho Teixeira, 40, e o irmão dele Erick Carvalho Teixeira, 36 anos. Todos foram presos em flagrante pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha.
A quadrilha começou a ser desmontada, quando uma pessoa procurou a Polícia e informou que tinha sido indicada a procurar as pessoas que intermediavam o esquema. O ponto de encontro seria em uma garagem de compra e venda de veículos chamada 3K Veículos, no centro da cidade.
A vítima contou que a quadrilha exigiu pagamento de R$ 7 mil, sendo a metade paga à vista e o restante no momento do recebimento das chaves do imóvel. A vítima foi orientada pela Polícia Civil a efetuar o pagamento de R$ 3 mil, e no momento de entregar o dinheiro, houve o flagrante realizado pelo Delegado Daniel Rozão Vendramel e sua equipe de investigadores.