Moradores do residencial Dom Osório 2, representantes da Secretaria Municipal de Habitação e da Caixa Econômica Federal (CEF), além de vários vereadores se reuniram na manhã desta sexta-feira (14), para discutir irregularidades na obras de algumas casas no bairro. Na ocasião, os moradores também apontaram denúncias de desperdício de material e no levantamento dos beneficiários feitos por um funcionário da CEF.
Acontece que antes, as casa entregues a famílias, através do programa Minha Casa Minha Vida com renda de até três salários mínimos, vinham com cerâmica apenas na cozinha e no banheiro, porém recentemente, por uma decisão da presidente Dilma Houssef (PT) todas as casas terão direito a piso completo. Então o Governo Federal mandou colocar cerâmica nas casas que não tinham.
De acordo com a moradora Floriza Felix Oliveira, conhecida como pastora Iza, o Dom Osório 2 possui 348 casas, destas cerca de 170 pessoas já colocaram piso em suas moradias, os que colocaram não tiveram direito ao benefício.
“O Governo está pagando para a empresa fazer a obra em todas as casas, porém nós que já colocamos as cerâmicas ficamos de fora, nossa reivindicação é que a empresa então nos dê o material ou o dinheiro”, esclarece.
O benefício destinado a cada são 40 metros de pisos e 12 pacotes de argamassa, além da pintura. A obra é executada por uma empresa paga pelo Governo Federal.
“Acho injusto, nem pintar nossas casa eles não querem, só se nós arrancarmos a cerâmica que já foi colocada e isso ninguém vai fazer, além disso, eles [empresa] têm arrancado o piso da cozinha também, mesmo o morador não querendo”, lamenta a pastora.
Durante as discussões os engenheiros da CEF não esclareceram as dúvidas dos moradores e em sua fala o secretário municipal de Habitação, Hildo Rodrigues (PSC), afirmou que a Prefeitura não tem nenhuma responsabilidade sobre o caso, mas que ajudará na solução. Já o presidente da Casa de Leis vereador Ibrahim Zaher (PSD) propôs fazer um requerimento pela Câmara para que a CEF entregue o contrato, para que eles possam fazer uma análise.
Ainda na reunião, a comitiva de moradores denunciou que está acontecendo desperdícios, que os operários da construtora estão jogando fora várias caixas de cerâmicas .
Os moradores também denunciaram o funcionário da CEF Armindo Netto, mais conhecido como “Armindo da Caixa”, segundo eles Armindo teria passado um caderno para um morador de cada quadra, para que este fizesse o levantamento das pessoas que tinham ou não colocado piso em suas residências, mas sob ordem que eles não ficassem sabendo, já que quem tivesse colocado piso não teria direito ao benefício.
A equipe de reportagem do Site AGORA MT tentou contanto com Armindo Netto, para verificar se ele realmente procurou os moradores como foi levantado pelas denúncias, porém até o fechamento desta matéria ele não atendeu as ligações.