O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 2,678 bilhões no primeiro trimestre, ante resultado positivo de R$ 2,557 bilhões um ano antes, um aumento de 4,73%. Frente ao último trimestre de 2013, no entanto, houve queda de 11,5%. O crescimento ainda forte da carteira de crédito foi contrabalançado por maiores despesas e fraco avanço das receitas com tarifas.
O lucro ajustado da maior instituição financeira do país por ativos foi de R$ 2,436 bilhões no período, queda de 9,3% na comparação anual e aumento de 0,5% frente ao trimestre anterior. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para R$ 2,512 bilhões para este resultado.
A carteira de crédito ampliada da instituição fechou março em R$ 699,25 bilhões, incremento de 18,3% em 12 meses e de 0,9% sobre dezembro, ritmo ainda bastante superior ao de rivais privados e acima da própria previsão do BB para 2014, de crescimento de 14% a 18%o.
O destaque foram os empréstimos para empresas, que evoluíram 16,9%. Este ritmo mais que compensou a evolução no crédito para pessoa física, de apenas 8,6% em 12 meses, e ficou abaixo do ritmo da faixa prevista para o ano, de 12% a 16%. Além disso, a carteira do agronegócio deu um salto de 35,7%.
E o crescimento das operações veio combinado com melhora da qualidade, já que a inadimplência da carteira, medida pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, caiu a 1,97%, ante 2% em março de 2012. As despesas do grupo com provisões para perdas com inadimplência somaram R$ 4,19 bilhões no trimestre alta de 27,8% na comparação anual, mas estável sobre os três últimos meses do ano passado.
Em contrapartida, as receitas com tarifas avançaram apenas 6,6% ante o primeiro trimestre de 2013. E as despesas administrativas cresceram 9,7%, acima da faixa prevista pelo banco para o ano. O Banco Votorantim, no qual o BB tem fatia de 50%, teve lucro líquido de R$ 152 milhões no trimestre, o segundo seguido no azul.