Um dos precursores do movimento Mato Grosso Muito Mais, que hoje representa a chapa encabeçada pelo pré-candidato ao Governo, senador Pedro Taques (PDT), o presidente do diretório estadual do PPS, prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, prefere avaliar com cautela a proposta de adesão do PR ao grupo.
Para avançar nas discussões neste sentido, ele solicitou que o pedetista convocasse representantes de todas as siglas, tanto as que compõem a roda de discussões, como aquelas que ainda estão em fase de “namoro” ou mesmo nos primeiros passos para ensaiar uma aproximação com o grupo de oposição para a reunião que será realizada hoje segunda-feira (12).
A aproximação do PR com Taques tomou o foco das discussões político-partidárias ao longo desta semana e vem mostrando siglas divididas entre aqueles que são favoráveis ou não a aliança e, mais ainda, ensejou o surgimento de novas propostas de coligação. Apesar da postura sempre polemica, o posicionamento de Percival causou surpresa justamente pela cautela com quem vem tratando do assunto, uma vez que seu partido não impõe, pelo menos publicamente, condicionantes como a participação na majoritária e, portanto, estaria voltado para a composição proporcional.
Depois de perder a única cadeira que tinha na Assembléia Legislativa, com a eleição de Percival a prefeitura, em 2012, o PPS ficou com uma representatividade pífia no Estado, sendo a conquista de cadeiras essencial para sua sobrevivência política em Mato Grosso. Diante do acordo proposto pelo PR para participar do grupo do pedetista, que inclui a formação de um “chapão” para a disputa proporcional, o partido poderia ser prejudicado, tendo em vista a densidade eleitoral dos republicanos e o fato de outras siglas da aliança, como PSB e PDT, já contarem com nomes testados nas urnas e com maior probabilidade de eleição ou melhor colocação nas suplências.
Mesmo assim, o prefeito é irredutível na prerrogativa de avaliar, tanto o cenário político estadual, como o nacional. No entanto, adianta que, a princípio, não há veto a participação de qualquer legenda. Segundo Percival, os dois únicos critérios que precisam ser preservados é a garantia de que nenhum partido comprometa o programa mínimo de governo ou engesse o candidato eleito.