Um assunto que costuma gerar bastante polêmica é a doença Leishmaniose, um tema que está em crescente discussão no nosso país. Isso porque muitas pessoas acham o tratamento caro e preferem sacrificar o animal.
Apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendar a eutanásia como forma de controle da leishmaniose, sugerindo o combate e a vacinação de animais, que aliás é de baixo custo, o Brasil ainda mantém a prática sendo o único país que ainda leva o tratamento da doença como opção. Do outro lado do Oceano Atlântico, em países como Espanha, Portugal, Itália, por exemplo, casos de tratamento em animais com Leishmaniose é regra, e não exceção.
De acordo com o veterinário Erico Gundim de Morais, em Rondonópolis existem três tipos de atitudes tomadas por famílias que possuem o animal com a doença, umas preferem levar ao veterinário e seguir o tratamento, outros preferem abandonar nas ruas da cidade e outros levam ao sacrifício.
Ainda de acordo com Erico, leishmaniose é uma doença que tem cura clínica, mas tanto o animal quanto o ser humano que contrair a doença continua com o parasita. “O Brasil mantém a cultura da eutanásia como controle da doença, todo mundo está cansado de saber que esse procedimento não controla a doença, não precisa ser muito inteligente pra saber isso, pois os números de animais com a doença só aumentam e não diminuem” diz o veterinário.
QUEM TRANSMITE A DOENÇA
Pesquisas revelam que apesar do que muita gente pensa, o cachorro não é o transmissor da doença, que é transmitida ao homem pela picada do mosquito flebótomo, mais conhecidos como mosquito palha ou birigui.
Como o cão é o hospedeiro mais estudado, há a crença de que seja o transmissor. No Brasil as áreas consideradas endêmicas são as regiões Norte e Nordeste, por conta da precariedade de condições sanitárias, mas nos últimos anos houve aumento nos registros na Região Sudeste. Campo Grande é uma das regiões consideradas endêmicas.
SURGIMENTO DA LEISHMANIOSE
A leishmaniose é causada por um protozoário chamado leishmania, que se desenvolve no organismo de mamíferos, principalmente cães. É o mosquito palha – comum na região, que transmite a doença de um ponto ao outro. Ele se multiplica em material orgânico em decomposição como folhas de árvores, lixo e fezes de animais.
