Uma informação de que colaboradores da Caixa Econômica Federal (CEF) e policiais federais estariam se deslocando até o residencial André Maggi, para executar a ordem de despejo de cerca de 200 famílias que ocuparam as casas no último mês, mobilizou mais de 500 moradores na tarde desta terça-feira (13) para impedir a ação.
Os ocupantes bloquearam todos os acessos ao residencial e se reuniram na entrada do André Maggi aguardando a chegada da polícia ou da equipe da CEF. Eles querem uma negociação pacífica, mas já deixaram claro que estão preparados para qualquer tipo de confronto.
Cerca de 1h após o comunicado da visita de negociação, o superintendente da CEF, Carlos Roberto Pereira, chegou ao residencial e se reuniu com os representantes das famílias que ocuparam as casas para ouvir as reivindicações.
O superintendente foi enfático em dizer que existe uma decisão judicial que deverá ser cumprida, mas solicitou que fosse repassado alguns documentos para que possa ser feita uma análise socioeconômica dos ocupantes para que possam se encaixados dentro de algum programa habitacional e assim ser beneficiado com uma moradia.
Marcio Francisco de Oliveira, um dos representantes dos ocupantes, expôs que as famílias não se furtam de pagar um valor justo pelas casas, tendo em vista que a qualidade das construções são inferiores aos atuais residenciais construídos pelo Governo Federal, mas que fosse feita alguma proposta pela Caixa Econômica para por fim a pressão da possibilidade de despejo por parte da Polícia Federal.
Os representantes comemoram a abertura de negociação com a CEF e esperam passar ainda essa semana uma cópia dos documentos solicitados.