Agora MT Política Operação Ararath - MP e vereadores são as novas “vítimas”
NOVOS NOMES

Operação Ararath – MP e vereadores são as novas “vítimas”

Todos os setores ligados a política tem nomes envolvidos

Fonte: Por Ricardo Costa
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As revelações de novos nomes que passam a ser suspeitos de envolvimento com a lavagem de dinheiro e empréstimos fraudulentos investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação Ararath pode se transformar no maior escândalo político administrativo do Brasil, isso porque agora foi revelado o teor de documentos encontrados na busca e apreensão realizada na residência do ex-secretário de Estado Éder Moraes, no dia 19 de fevereiro, entre dezenas de documentos e planilhas a PF encontrou uma lista contendo o nome de 47 membros do Ministério Público Estadual (MPE). Na relação, na frente de cada nome de promotor e procurador de Justiça, há as indicações “valor original”, “valor corrigido” e “valor a pagar”.

Os valores indicam uma movimentação de R$ 10.829.027,91 (valor original); R$ 10.660.733,93 (valor corrigido); e 7.995.550,45 (valor a pagar). A procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, que atua em Cuiabá, anexou a planilha na denúncia feita pelo MPF à Justiça Federal contra o ex-secretário de Estado Eder Moraes; sua esposa Laura Tereza da Costa Dias; o secretário-adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes Dias; e o gerente do Bic Banco em Cuiabá, Luiz Carlos Cuzziol.

Na denúncia acatada pelo juiz federal Jeferson Schneider no último dia 20 de maio, a procuradora da República afirma, “A referida planilha foi encontrada no mesmo local e circunstância da apreensão dos documentos que sugerem pagamento de propina a autoridades do Poder Executivo e Legislativo do Estado de Mato Grosso (notas promissórias, cheques, lista contábil de pagamento, operações bancárias e anotações de depósitos)”, afirma a procuradora do MPF.

Vanessa Cristhina ainda observou que: “Não é possível afirmar se ocorreu o pagamento, do que se trata, sua origem e licitude. Apenas que ao Procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado é apontada a quantia de R$ 516.778,92, ao Promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes a quantia de R$ 59.700,54”, afirma a procuradora na denúncia.

 

 

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CÂMARA DE CUIABÁ

Ainda durante a 5ª fase da Operação Ararath a PF, durante a busca de documentos e computadores feitos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso encontrou um dossiê com documentos e gravações que envolvem 14 dos atuais 25 vereadores de Cuiabá. O DVD com as gravações foi apreendido há uma semana pelos agentes da Polícia Federal durante “pente fino” no gabinete do deputado estadual José Riva (PSD), um dos alvos da operação.

Segundo fontes as gravações envolvem os vereadores de Cuiabá e teriam sido feitas pelo ex-vereador e presidente da Câmara, João Emanuel Moreira Lima (PSD) e também por seus assessores.

Todos os vídeos foram gravados com uma “caneta espiã” e comprovariam as seguidas extorsões que sofreu por parte de colegas de Legislativo cuiabano por cerca de um ano.

Os nomes dos vereadores ainda não foram revelados para não atrapalhar as investigações, mas a situação em que foram feitas as imagens das supostas negociações e pagamentos causam espanto, mais por causa das imagens do que da revelação, já que boatos já teriam levado ao círculo político cuiabano como eram feitos os pagamentos. Por exemplo, João Emanuel explica no dossiê que teria pago R$ 150 mil pelo voto de um parlamentar na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. O pagamento foi em dois cheques de R$ 75 mil sendo um sacado no dia 28 de dezembro de 2012 e outro no dia 08 de janeiro de 2013.

Além disto, o vereador que continua na Câmara recebia R$ 20 mil por mês de João Emanuel. Um destes pagamentos foi feito durante a festa de aniversário da filha do vereador no buffet Origame, sendo que esta ação foi filmada pelo ex-vereador.

Até mesmo um vereador contrário a João Emanuel recebeu R$ 50 mil, através de dois cheques, para não estimular seu afastamento da presidência no ano passado após a deflagração da primeira fase da “Operação Aprendiz”. João Emanuel também detalha repasses interessantes a um vereador que usou o valor para trocar de caminhonete importada.

Outro ex-aliado do vereador cassado recebeu R$ 200 mil pelo voto na eleição da Mesa Diretora através de um empresário. Além disto, este vereador recebia R$ 15 mil por mês para continuar sendo “fiel” a João Emanuel.

Outro fato interessante é um parlamentar que recebeu R$ 150 mil pelo voto. A grana foi repassada por João Emanuel dentro de uma sacola de vinho no dia 28 de dezembro de 2012. Além disto, João Emanuel repassava mensalmente R$ 8 mil ao parlamentar que foi gravado no dia 09 de maio do ano passado recebendo a propina num posto de gasolina.

Um outro vereador gravado conseguiu extorquir R$ 300 mil para não retirar João Emanuel da presidência e também na eleição da Mesa Diretora, em 2013. João Emanuel conta que na gravação feita na padaria Viena o então colega de legislativo lhe explicou que usaria o dinheiro da extorsão para pagar uma caminhonete recém-comprada, além de quitar oito terrenos comprados, construção de quitinetes e uma eventual candidatura a Assembleia Legislativa.

OUTRO LADO DO MP

A reportagem tentou falar com o procurador Paulo Prado, por meio de seu telefone celular. As ligações não foram atendidas. Uma das assessoras do MPE também não atendeu às ligações feitas.

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