Dois meses depois de a reportagem do Site AGORA MT ter mostrado a história da pequena Isabela Aparecida Pereira da Silva, 12 anos, vítima de uma paralisia cerebral logo nas primeiras horas de vida e que precisa do auxílio da Prefeitura Municipal de Rondonópolis para sobreviver, o sofrimento da família continua. Além da paralisia, a menina também possui um caso complicado de epilepsia e pneumonia.
LEIA TAMBÉM – Mesmo sob ordem judicial, Prefeitura não fornece remédio para criança deficiente
Acontece que Isabela necessita de um medicamento de alto custo chamado Scopoderm, que segundo a mãe da criança, Cristiane Pereira da Silva, é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, inclusive, existe uma ordem judicial para que os medicamentos sejam entregues em dia.
De acordo com Cristiane, já são três meses sem o medicamento. “Na época da reportagem, que foi feita em março, estávamos tentando receber o de fevereiro que já estava atrasado. Não entendo porque fazem isso com minha filha. Se eu tivesse R$ 1,6 mil mensais (que é o valor do medicamento) para custear por conta própria, não passaria por essa humilhação”, lamenta Cristiane.
Ainda segundo Cristiane, após a reportagem a família recebeu o remédio da criança, a demora foi tanta que a receita já havia vencido. Agora ela espera que o pedido seja atendido, já que o medicamento é essencial no dia a dia da pequena Isabela.
DENÚNCIA
Cristiane também aproveitou o espaço para denunciar. Conforme ela a secretaria tem ‘perdido’ encaminhamentos dos pacientes, apesar disso, pessoas próximas da administração tem tido privilégio nas filas de cirurgias.
“Além de conhecer casos, sou a prova viva disso. Há uns três meses que estou aguardando uma operação no olho, perderam meu pedido. Refiz novamente, agora já tem um ano na espera. Tem gente que entrou a menos tempo e já está operado”, explicou.
OUTRO LADO
Conforme nota emitida pela assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Rondonópolis, a secretária de Saúde Marildes Ferreira informou que a medicação é disponibilizada pelo Estado por meio do Município.
Ainda de acordo com a nota, a mãe deve procurar a Farmácia de Ordem Judicial, que fica na Frei Servácio, junto à central de Regulação (na antiga Farmácia de Manipulação) no Bairro Santa Cruz. Lá a mãe da criança deve conversar com a farmacêutica Neide Aparecida Siloch, que ela vai providenciar a medicação com a apresentação da receita atualizada.
Quanto à espera pela cirurgia de visão, a secretária solicitou que a paciente Cristiane Pereira da Silva compareça hoje (08) na Secretaria de Saúde e converse com a secretária, para que o Município assuma a questão e ela saia da fila de espera da Central de Regulação, já que a Secretaria de Saúde de Rondonópolis assinou um convênio com um Hospital especializado em Cuiabá.