Depois da tentativa frustada de invadir uma área particular (leia aqui), as pessoas agora se instalaram no residencial João Moraes, no início da noite desta quinta-feira (15). Quase todas as casas já foram invadidas. Esta é a terceira invasão só hoje (15).
Segundo informações outros residenciais em construção ainda devem ser invadidos até amanhã. As pessoas se revoltaram após boatos de que as famílias que invadiram o residencial André Maggi a cerca de 20 dias iriam ficar com as casas, mesmo tendo sido ocupadas de forma irregular.
19h30 ATUALIZAÇÃO
Todas as casas do residencial João Moraes, localizado na região do bairro Padre Lothar já foram invadidas e segundo policiais militares presentes no local, a situação é irreversível. Até as que estão em fase de acabamento não foram poupadas e a construtora teme pelo sumiço de materiais, além do estrago natural que os invasores fazem.
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Parte destes manifestantes são os próprios moradores dos residenciais, eles temem perder o direito de suas casas, com base na notícia de que a Caixa Econômica Federal (CEF) teria feito um acordo com os invasores do residencial André Maggi.
“Estou pagando desde 2012, R$ 400 reais pela minha casa. Não é justo outras pessoas invadir o que é nosso, que já tem dono e que ainda está no prazo de entrega”, pontua a moradora Erica dos Santos.
Uma viatura da Polícia Militar está no local para manter a ordem. Como no Magnólia, nem luz ou água foram instalado no bairro.
19h45 ATUALIZAÇÃO
A construtora responsável pelo residencial Mathias Neves, que quase foi invadido na tarde de hoje, contratou cerca de 100 segurança para evitar possíveis invasões ao local. Os homens estão em todos os pontos do residencial.
22h ATUALIZAÇÃO | NOVA INVASÃO
Ao fim da noite desta quinta-feira (15), houve mais uma invasão, desta vez a um loteamento, que segundo os próprios manifestantes é de propriedade da prefeitura e seria utilizado para colocar famílias. O loteamento Padre Miguel fica ao lado do bairro Lúcia Maggi.
Os manifestantes já estão limpando o local e levantando os barracos. Em conversa com a equipe de reportagem do Site AGORA MT, os invasores declaram não ter condições para pagar moradias.
Só observando, a rondonopolitana Magda Bruna que não é invasora, não é nem contra ou a favor, ela disse que também está esperando por uma casa há muitos anos. “Acredito que isso tenha acontecido porque as pessoas cansaram de esperar. Essa é a justiça feita pela população”, comentou.