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Funcionários do alto escalão de Guiratinga são investigados pelo MPE

Fonte: Por Wlly Garcês
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Improbidade administrativa, nepotismo, cargo remunerado sem exercício da função, são algumas das denúncias feitas contra funcionários do alto escalão do município de Guiratinga. Um Inquérito Civil Público foi instaurado ainda no ano passado e investiga a coordenadora pedagógica, a oficial de justiça da cidade e até um ex-vereador.

A reportagem do Site AGORA MT teve acesso ao documento entregue ao promotor de Guiratinga, Marcelo Domingues Mansour. Consta nos autos que a coordenadora pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Almerinda Pereira de Araújo, é denunciada por nepotismo, já que contratou diversos parentes de 1º, 2º e 3º grau e amigos para lotar na Secretaria. Ela também é acusada de improbidade administrativa e já responde há alguns processos no SINTEP-MT.

Conforme o documento, na época que Almerinda foi diretora da Escola Estadual Julio Muller, a instituição recebeu uma verba destinada à perfuração de um poço artesiano, mas até a sua saída, a obra do poço não havia sido iniciada e o recurso não existia mais.

A autora da denúncia é uma professora aposentada, Marden Rodrigues Carbonoto. Ela disse que protocolou a acusação ainda em 2012, na Seduc, porém eles não tiveram interesse no caso. Foi quando a professora procurou o Ministério Público Estadual. “Não sou contra os demais denunciados, porém todos eles estão nessas irregularidades por favoritismo e auxílio da Almerinda e isso não acho correto”, completa.

Marden ainda afirma que sofreu perseguição de Almerinda. “Por ela ser o ‘órgão máximo’ na Educação em Guiratinga, ela acha que pode tudo. Já fui humilhada dentro de uma escola por ela e fui remanejada de função injustamente”, complementa.

OUTRAS DENÚNCIAS AO MPE

Adelice Pereira Barbosa, irmã de Almerinda, seria uma das ‘favorecidas’ no cargo. Adelice é suspeita de ter feito contratos ilícitos sem necessidades. Mesmo depois de ter fechado a Escola Estadual Augusto de Moraes, ela contratou para trabalhar na unidade educacional mais quatro pessoas.

Outra pessoa que consta nos autos é a é oficial de justiça, Lenice Inês Rassean. Segundo a denúncia Lenice além de atuar como oficial também está atribuída e recebe como professora de educação básica na Escola Estadual Santa Terezinha. Ainda este ano Lenice foi notificada pelo Governo do Estado para escolher uma das funções, porém até agora a denunciada não se manifestou. Enquanto ela não decide, de forma errônea,  uma vaga para professora substituta foi aberta.

Outra que está na mesma situação, segundo o processo é a empresária  Cleide Maria Cavalcante Ribeiro que além de ser dona de uma escola infantil, estava lotada como professora na educação básica da Escola Estadual Santa Teresinha e entregava vários atestados médicos para não comparecer ao trabalho.

O ex-vereador Sinval Vilela Carvalho também é um dos denunciados por acumular funções. Na época em que foi parlamentar, Sinval também ocupava um cargo como professor.

Pelo documento, outras dez pessoas também serão investigadas por diversos crimes já citados.

PROMOTORIA

Conforme o promotor Marcelo Domingues Mansour, lotado na comarca de Guiratinga e responsável pelo inquérito, as investigações sobre os supostos crimes estão em andamento. “Está em fase inicial, nos temos um prazo de um ano podendo prorrogar por mais uma ano”, conclui o promotor sem dar detalhes das investigações.

OUTRO LADO

Em entrevista ao Site AGORA MT, a coordenadora Almerinda Pereira de Araújo nega as acusações e afirma estar sendo vítima de perseguição. “Ela [Marden] quer me prejudicar e eu não entendo porque. Na época que ela foi transferida de cargo, foi porque trocou o diretor da escola e ela ocupava uma função de confiança”, explica.

Segundo Almerinda todas as acusações já foram esplanadas em juízo e foram comprovadas que são inverdades. A coordenadora entregou a reportagem um processo com mais de 200 páginas, onde Marden pedia danos morais devido a uma humilhação que sofreu de Almerinda dentro de uma instituição.

“Ela perdeu a causa, foi tudo comprovado, mas mesmo assim ela não sossega em querer negativar minha imagem”, finaliza Almerinda.

 

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