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Juro bancário de pessoa física é o maior em quase três anos

Fonte: Da Redação com G1
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Os juros bancários médios dos empréstimos para pessoas físicas subiram pelo quinto mês seguido em maio deste ano, para 42,5% ao ano. É o maior nível desde julho de 2011 – ou seja, em quase três anos.

Os números, que tratam das operações com recursos livres (quando os juros são livremente acertados), foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central (BC), por meio da nota de juros e crédito bancário.

Em abril deste ano, os juros bancários de pessoas físicas estavam em 42% ao ano. Na parcial de 2014, a taxa avançou 4,5 pontos percentuais, pois estava em 38% ao ano no fechamento de 2013.

Alta dos juros básicos

O aumento desses juros acontece após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril do ano passado, um ciclo de alta da taxa básica de juros da economia (a Selic), para tentar conter o crescimento da inflação.

Com o aumento da taxa e o encarecimento dos empréstimos, a instituição consegue reduzir o número de pessoas e empresas dispostas a consumir. Assim, o preço dos produtos e serviços tende a cair ou ficar estável.

Desde o ano passado, os juros básicos passaram de 7,25% para 11% ao ano, o que corresponde a uma elevação de 3,75 pontos percentuais. O processo de alta dos juros foi interrompido apenas no mês passado.

Juros bancários sobem mais do que Selic

Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, no quanto os bancos pagam pelos recursos que serão emprestados às pessoas.

Em abril do ano passado, antes do início da alta dos juros básicos fixados pelo BC, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 9% ao ano, passando para 12% ao ano em maio. Um crescimento de 3 pontos percentuais.

No mesmo período, os juros bancários das instituições financeiras para pessoas físicas cresceram 8,1 pontos percentuais, visto que estavam em 34,4% ao ano em abril de 2013, ou seja, quase o triplo do aumento da taxa Selic.

Deste modo, os dados do BC mostram que as instituições financeiras não só estão repassando a alta do custo de captação que tiveram por conta da elevação dos juros básicos da economia, como também estão elevando os juros cobrados de seus clientes acima da alta da Selic.

‘Spread bancário’

O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica gerou o aumento do chamado spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes).

O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Em abril do ano passado, antes do início do processo de alta dos juros básicos da economia, o spread bancário nas operações com pessoas físicas estava em 25,4 pontos percentuais. Em maio deste ano, já estava em 30,5 pontos percentuais.

O alto nível dessa diferença entre taxas no Brasil já foi duramente criticado, no passado, pela presidente da República, Dilma Rousseff, e por integrantes da equipe econômica, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Taxa média de empresas e geral

No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados recursos livres, a taxa média somou 23% ao ano em abril – com alta de 0,1 ponto percentual frente ao patamar de abril (22,9% ao ano). Em 2014, porém, a taxa avançou 1,6 ponto percentual.

Já a taxa média geral de todas as operações com recursos livres (pessoas físicas e empresas) ficou estável em 32% ao ano em maio. Com isso, os juros estão no maior patamar desde fevereiro de 2012 (32,5% ao ano). No acumulado de 2014, a taxa média de juros bancários avançou três pontos percentuais.

 

 

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