O candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), 49 anos, é uma das vítimas fatais de um acidente aéreo que ocorreu na manhã desta quarta-feira (13) em Santos, no litoral de São Paulo. Abordo da aeronave estavam sete pessoas, o candidato, o fotógrafo Alexandre Severo Silva, os assessores Carlos Augusto Leal Filho (Percol) e Pedro Valadares Neto, os pilotos, Geraldo Cunha e Marcos Martins e o cinegrafista Marcelo Lira. O avião caiu quando tentava pousar e arremeteu devido ao mau tempo.
Eduardo Campos seguia para um compromisso marcado às 10h em Santos, em um jato Cessna 560XL, prefixo PR-AFA. De acordo com informações, a candidata a vice-presidente Marina Silva não estava na aeronave.
O avião teria partido do aeroporto de Santos Dumont no Rio de Janeiro (RJ) e caído por volta das 10h, no momento da queda chovia e o tempo estava nublado.
O avião caiu em uma área residencial, ao todo três imóveis foram atingidos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu nas ruas Vahia de Abreu e Alexandre Herculano, no bairro Boqueirão. Até o momento, as informações são de que dez pessoas estejam feridas.
Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local.
13h30
A presidente Dilma Rousseff (PT) suspendeu todos os trabalhos de campanha por três dias. O indicativo é que os comitês municipais acompanhem a decisão.
13h45
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) soltou uma nota lamentando a morte do presidente do partido.
EDUARDO CAMPOS
Eduardo Henrique Accioly Campos era economista e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República.
Campos era graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, como aluno laureado e orador da turma.
Neto do também político Miguel Arraes, que em 1979 retornou ao Brasil após 15 anos no exílio, Eduardo desde cedo conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional.
Ingressou no PSB em 1990, acompanhando o avô, com quem trabalhava. Elegeu-se deputado estadual neste mesmo ano.
Em 1994, foi eleito deputado federal pela primeira vez (reelegeu-se em 1998 e 2002). Entre 1995 e 1998, esteve licenciado do mandato para trabalhar como secretário estadual de Governo e depois da Fazenda no governo de Miguel Arraes.
Uma das principais lideranças da base do governo Lula no Congresso, Campos foi chamado para comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia e ficou no cargo entre 2004 e 2006. Em 2005, foi eleito presidente nacional do PSB.
Campos elegeu-se governador de Pernambuco em 2006. Conquistou a reeleição quatro anos depois. Em 2013, tendo em vista as eleições deste ano, o pernambucano, que era um dos principais aliados do PT em nível nacional, anunciou a aliança com o movimento Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, para lançar chapa independente e concorrer ao Planalto.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de voto.