Três jovens foram condenados na noite de ontem (12) a mais de 90 anos de prisão em júri popular realizado na câmara municipal de Guarantã do Norte. Rogério Pessoa Freira foi condenado a 97 anos e um mês; Jiovani da Silva Lima, a 93 anos e um mês e Joab da Silva Pontes, a 92 anos e um mês.
O trio foi considerado culpado por assassinar no dia 17 de agosto de 2012, no município de Novo Mundo, o fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, 60 anos, o filho dele Anderson de Lima Alfanaci, 24 anos e mais dois funcionários Wilson Silveira Santiago, 25 anos e Célio Soares da Silva.
O julgamento teve duração de dois dias e foi encerrado às 23h37 após o Conselho de sentença acatar os quesitos atribuídos aos réus pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Os réus ainda podem recorrer da condenação, mas vão ficar neste período em regime fechado.
O caso
De acordo com as investigações, os acusados ficaram nas proximidades da fazenda de Antônio. No momento em que ele e o funcionário Wilson chegavam no local em uma caminhonete, Antônio foi informado pelo trio que uma das motos em que estavam tinha apresentado defeito.
O fazendeiro então prestou ajuda e disse para o trio ir até a sede da fazenda. No local, estava Anderson, que foi rendido juntamente com o Antônio e Wilson. Outro funcionário da fazenda, Célio Soares da Silva, ao perceber a ação dos bandidos tentou fugir, mas acabou sendo morto e teve o corpo escondido em um depósito de lixo da propriedade.
Mais tarde, o pai, o filho e o funcionário foram levados pelos indivíduos na caminhonete de Antônio para o cativeiro. Próximo ao local, abandonaram o veículo e seguiram até um bananal próximo a um riacho.
Deitados de bruços, as vítimas foram revistadas pelos suspeitos e após constatar que elas não tinham dinheiro e cartões de crédito foram assassinadas. No dia 19 de agosto de 2012, o trio ainda entrou em contato com a viúva de Antônio e pediu o resgate de R$ 6 milhões e depois diante das negociações baixaram o valor para R$ 3 milhões.
A Polícia Civil monitorou as negociações e chegou até Joab que usava o celular de Anderson. O acusado então entregou os outros dois comparsas e informou a polícia onde estavam os corpos das vítimas.