Mesmo após ter determinado o corte de servidores de vários setores da administração, além da suspensão de gratificações, alegando falta de recursos na Prefeitura Municipal de Alto Taquari, o prefeito Maurício Joel de Sá (Dem), continua pagando horas extras a alguns funcionários e parte destes beneficiados chegam a dobrar seus salários só com o abono.
Conforme o Site AGORA MT apurou, existe diversos servidores que estão recebendo 50% e 100% horas extras, alguns a soma passa de R$ 2 mil e 4 mil.
No relatório enviado, consta o nome do contador Euzebio Oly Medeiros Oliveira que recebe de salário pouco mais de R$ 6 mil, porém só no mês de novembro, suas horas extras estariam chegando a R$ 7.167 mil, dobrando sua remuneração mensal. Além disso, de janeiro a agosto, este mesmo servidor gastou mais de R$ 8,1 mil em diárias, conforme os dados existentes no sistema Aplic do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Outros servidores de cargos menos expressivos, como técnico em segurança do trabalho, técnico em TI e técnico administrativo também estão na lista de beneficiados com horas extras, que pode ser conferida na íntegra logo a baixo.
De modo geral, horas extras podem ser realizadas até 2h por dia em caráter excepcional, ou seja, só pode atribuir o benefício, caso haja autorização do Gestor, mesmo assim, existe um limite de no máximo 2h por dia e as datas não podem ser continuas.
A atitude da Administração Municipal vai contra o decreto 95/2014 criado pelo próprio Executivo em setembro deste ano que suspendeu qualquer tipo de benefício, devido aos problemas financeiros que o município alega estar enfrentando.
OUTRO LADO
Por telefone, o secretário de Administração de Alto Taquari, Osmar Batistussi, afirmou que somente em casos excepcionais são autorizadas as horas extras.
“Por conta da situação financeira do município reduzimos ao máximo, apenas em situações de extremas necessidades”, frisou ele.
O secretário afirmou ainda que desconhece o motivo do exagero pago por horas extras há alguns servidores. Ele pediu um tempo para verificar junto ao Recursos Humanos se algo de errado aconteceu mas até o fechamento desta reportagem não houve retorno.
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