O deputado estadual reeleito, Wagner Ramos (PR), terá quebra de sigilo bancário após solicitação feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O requerimento da quebra de sigilo é devido supostas irregularidades em sua prestação de contas na campanha eleitoral de 2014. No mérito, o MPE pede a reprovação das contas do republicano.
Além de o sigilo de Ramos, o MPE pede a quebra de sigilo de alguns dos doadores do deputado reeleito. Conforme o MPE, o então candidato teria feito manobras contábeis em sua prestação de contas.
O parlamentar teve 72 horas de prazo para apresentar defesa. O prazo iniciou a partir da publicação no Diário das Justiça Eletrônico (DJE) que ocorreu na terça-feira (2) e foi determinado pelo relator da prestação de contas de campanha, juiz Agamenon Moreno.
Por outro lado, o magistrado acolheu pedido do Ministério Público para a realização de diligências diante da necessidade de esclarecer impropriedades apontadas pela Procuradoria Regional Eleitoral.
O parlamentar terá que esclarecer o motivo do pagamento a maior pela locação do imóvel, no contrato de propriedade de J.J. Neves e Cia Ltda; apresentar contratos de locação de imóveis firmados com José Patrício do Carmo, Dalva Lúcia Brito Nascimento e Junia Pereira de Lima; apresentar notas fiscais relativas aos produtos adquiridos na Vibemania Organização de Eventos Musicais Ltda, juntamente com um exemplar ou foto do produto comercializado.
Outra exigência é que seja requisitado a empresa Vibemania Organização de Eventos Musicais LTDA, no prazo de 72 horas, a remessa de cópias das notas fiscais dos materiais impressos de campanha com especificação de preços, quantidade e forma de pagamento. O magistrado decidiu não apreciar de imediato a quebra do sigilo bancário do parlamentar. Conforme declarado à Justiça Eleitoral, Wagner Ramos gastou para ser reeleito a quantia de R$ 812.887,24 com a despesa correspondendo ao mesmo montante.