Um crime de latrocínio que chocou a sociedade de Brasnorte (579 km a Noroeste) foi esclarecido pela Polícia Judiciária Civil, no domingo (25.01). Quatro pessoas foram identificadas como autoras do crime e dois dos suspeitos, Luiz Antonio da Cruz Almeida e André Flores de Oliveira, já foram autuados em flagrante pelo latrocínio.
As prisões fazem parte da operação “Interior Seguro” deflagrada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), para os 100 primeiros dias de combate a criminalidade.
O crime aconteceu na noite de sábado (24). As investigações iniciaram na manhã de domingo, quando policiais da Delegacia de Brasnorte receberam a denúncia do desaparecimento do comerciante, José Clementino Neto, 68, o “Zé Pretinho” do distrito de Água da Prata, a 60 quilômetros da área urbana do município. Segundo a informação, o veículo do comerciante, um Fiat Uno, foi encontrado abandonado com manchas de sangue na lataria, assim como havia manchas de sangue também na garagem de seu estabelecimento comercial.
Os investigadores iniciaram as investigações no lugarejo em que a vítima morava e trabalhava com um comércio tipo mercearia, muito conhecido no local. Através da oitiva de testemunhas, os investigadores chegaram aos nomes de alguns suspeitos que estiveram na mercearia da vítima na noite do crime.
Em monitoramento a casa de um dos suspeitos, policiais encontraram uma sacola escondida no terreiro da casa, escondido em meio de algumas taboas, uma sacola com certa quantia em dinheiro. Desconfiados de que o dinheiro poderia pertencer à vítima, policiais continuaram as buscas e encontraram no local, a arma do crime, uma faca tipo canivete.
Policiais entraram na residência onde encontraram o acusado Luiz Antonio, escondido embaixo de um colchão. No interior da casa ainda foram encontrados vários objetos roubados do comércio da vítima como cigarros, cervejas, refrigerantes, moedas e energéticos.
Em entrevista com os policiais, o acusado entrou em contradição várias vezes até acabar confessando a sua participação no crime. O acusado ainda indicou o nome do suspeito André como mais um autor do latrocínio. Segundo a Polícia, André é morador do distrito e já era investigado por tráfico de drogas na região.
De acordo, com as investigações, o comerciante foi torturado e após ter as mãos amarradas, foi morto com um golpe de canivete no pescoço. Após serem detidos, os dois suspeitos levaram os policiais até o local onde o corpo da vítima foi jogado, de cima de uma ponte.
As investigações continuam em busca de duas outras pessoas, já identificadas, que teriam participado da execução do comerciante.