A Polícia Civil identificou o principal suspeito de ter matado atropelado o ciclista profissional, José Eduardo de Carvalho (foto ao lado), de 57 anos, na rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que liga Cuiabá (215 Km de Rondonópolis) a Chapada dos Guimarães, no dia 31 de dezembro. (leia mais). O suspeito tem 33 anos, trabalha como motorista de uma empresa de venda de piscinas em Cuiabá e ainda está foragido.
Outros dois ciclistas identificados como Valdecir Pereira e Diogo Azevedo, também foram atropelados pelo rapaz. As vítimas sobreviventes foram encaminhadas para o Pronto-Socorro Municipal da capital com ferimentos.
O suspeito deverá ser indiciado por homicídio, omissão de socorro e lesão corporal. O carro dele, uma picape preta, foi apreendido nesta terça-feira (06). De acordo com informações, um amigo do motorista que estava no veículo no momento do acidente prestou depoimento ao delegado responsável pelo caso, Romildo Grota, da Delegacia de Delitos de Trânsito. As duas adolescentes que também estavam no automóvel deverão ser ouvidas ainda nesta semana.
Ainda conforme a polícia, o amigo do motorista de 24 anos contou e, depoimento que havia passado a noite com o suspeito em uma festa e, de manhã, decidiram ir para Chapada dos Guimarães (223 Km de Rondonópolis). Os dois estavam acompanhados de duas adolescentes.
De acordo com o rapaz, eles viram as vítimas atropeladas, não pararam para socorrer e retornaram para a capital. Disse ainda que ele havia bebido na festa, mas que o amigo, não.
ENTENDA O CASO
O grupo de ciclistas percorria pela rodovia e foi atingido pelo automóvel no km 13. Eles estavam participando de um treinamento acompanhados por um treinador que também seguia na rodovia, em uma moto. Porém, o treinador estava alguns quilômetros atrás das vítimas.
A Polícia Civil (PC) afirma que no momento em que o carro atingiu os ciclistas, o instrutor não estava muito próximo, mas ainda teria tentado perseguir o veículo.
Os dois ciclistas que sobreviveram ao acidente também estiveram na delegacia nesta terça. Um deles, o analista de sistemas Diogo de Azevedo, de 33 anos, disse que ele e os outros dois colegas estavam em fila, e que ele era o que estava na frente. “O Eduardo era o último. Eu recebi um ‘tranco’, bati a cabeça e apaguei. Eu saí da bicicleta e voei. Ralei minhas costas. Não ouvi freio nem nada. Normalmente a gente ouve o barulho dos carros, mas eu não ouvi nada”, relatou.