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UFC espera na Suécia segundo maior público de sua história

Da redação com Globo Esporte
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Desde que o UFC voltou ao Brasil, em 2011, um sonho recorrente de seus proprietários tem sido fazer um grande evento num estádio de futebol no país. Neste ano, parte deste desejo se realiza, mas do outro lado do mundo, em Estocolmo, na Suécia. O “UFC: Gustafsson x Johnson” terá como sede a Tele2 Arena, estádio com teto retrátil que receberá neste sábado cerca de 26 mil pessoas, segundo maior público da história da companhia.

A capacidade do edifício em jogos de futebol é de até 30 mil pessoas; entretanto, a configuração do UFC, com telões distribuídos pelo estádio e sessões VIP e de convidados, reduzirá um pouco sua lotação. Ainda assim, o público só ficará abaixo dos 55 mil que compareceram ao Rogers Centre, estádio de beisebol em Toronto, no Canadá, para o UFC 129, em abril de 2011. Naquele torneio, duas disputas de cinturão eram os destaques do card, além da despedida do ídolo Randy Couture; desta vez, um mercado faminto por mais eventos de MMA de alto nível está próximo de esgotar um show que terá como luta principal uma eliminatória pelo título dos pesos-meio-pesados, entre o astro local Alexander Gustafsson e o americano Anthony Johnson.

– O UFC conhece a força desta região. Eles sabem quantos fãs temos em todos esses países (na Europa, Ásia e África). No ano passado, em Dublin, esgotamos a arena em três horas; em Londres, em março, esgotamos a arena em três dias. Voltamos para a Alemanha e esgotamos a arena. Esta arena está lotando. Todos no UFC sabem da força do MMA na região. Outra forma de ver isso é que a região Europa/Oriente Médio/África é composta de 59 países na Europa, 54 na África, 14 no Oriente Médio e, quando você acrescenta a Rússia a isso, são 128 países. Só fomos a cinco desses países, então temos um enorme potencial nesta região para expandir a marca – explica o novo vice-presidente sênior e gerente geral do UFC na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), David Allan.

O público pode ser o segundo maior da história, mas a equipe europeia do UFC trata o evento como um Super Bowl ou final de Copa do Mundo. Cerca de 500 operários estão trabalhando na montagem da arena. O card será transmitido para aproximadamente 1 bilhão de lares em 147 países. Este aspecto internacional do torneio ficou aparente no “Media Day”, com representantes da imprensa de países como Rússia, Holanda, Inglaterra e EUA presentes.

País com o quarto maior território da Europa, a Suécia tem sido ponto central da expansão do Ultimate pelo continente. Desde que a federação sueca derrubou uma proibição ao MMA e passou a ser regulada pelo governo, em 2007, o esporte vive uma explosão e já tem boa popularidade. O UFC realizou eventos na arena vizinha à Tele2, o Globe, nos últimos três anos. Gustafsson, maior referência sueca da modalidade, ainda não rivaliza com Zlatan Ibrahimovic, craque da seleção de futebol, mas estrela capas de revistas e tem o reconhecimento do público. Na terça-feira, o primeiro colocado do ranking dos pesos-meio-pesados foi personagem principal de uma matéria de quatro páginas no “Expressen”, um dos maiores tabloides da Suécia, que enviou um correspondente para acompanhá-lo por três dias em seu camp de treinos nos EUA.

– Não faz muito tempo que o esporte era banido, mas, através da visão e do pensamento do governo, em vez de forçar o MMA ao underground, eles o abraçaram e criaram uma legislação. Eles reconheceram a federação sueca de MMA, que é regulamentada pelo governo, então há leis e regulamentos sobre o que pode acontecer, como o esporte é governado, e isso levou ao crescimento do esporte através do país. Se você for à cidade de Malmo, onde Ilir Latifi (lutador do UFC) cresceu, você verá o crescimento das academias por lá, e aqui em Estocolmo também. Isso também levou a projetos comunitários; nós apoiamos um projeto que tira crianças das ruas e as ensina sobre os valores das artes marciais, a serem pessoas melhores e a serem cidadãs – conta David Allan.

Para acomodar os horários de transmissão da TV aberta nos EUA, o evento de sábado terá portas abertas às 22h locais (19h no Brasil) e tem previsão de término para 4h da madrugada de domingo. A capacidade do estádio já está quase esgotada, e o público vai contar com amplas opções de festas pré-luta e bares abertos ao redor da arena em preparação para o evento. No final, a expectativa é por uma vitória de Gustafsson, que busca nova chance de se tornar o primeiro sueco campeão do UFC.

– O MMA sueco já está no nível de elite agora. Tem sido uma jornada difícil, mas agora é um dos maiores esportes na Suécia. (O MMA) se desenvolveu muito – afirma Gustafsson.

O Combate transmite o “UFC: Gustafsson x Johnson” ao vivo e com exclusividade a partir de 18h45 (horário de Brasília) no sábado. O Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta, entre Neil Seery e Chris Beal. Na sexta-feira, canal e site transmitem ao vivo a pesagem oficial do evento às 14h55. Confira o card completo:

UFC Suécia
24 de janeiro de 2015, em Estocolmo (SUE)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Alexander Gustafsson x Anthony Johnson
Peso-médio: Dan Henderson x Gegard Mousasi
Peso-meio-pesado: Phil Davis x Ryan Bader
Peso-pena: Akira Corassani x Sam Sicilia
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio: Nico Musoke x Albert Tumenov
Peso-meio-médio: Sultan Aliev x Kenny Robertson
Peso-pena: Andy Ogle x Makwan Amirkhani
Peso-meio-pesado: Nikita Krylov x Stanislav Nedkov
Peso-leve: Mairbek Taisumov x Anthony Christodoulou
Peso-pesado: Viktor Pesta x Konstantin Erokhin
Peso-pena: Paul Redmond x Mirsad Bektic
Peso-mosca: Neil Seery x Chris Beal

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