O esquema revelado na tarde de ontem (26) pela reportagem do AGORA MT, onde um líder sindical e fiscal de posturas do município incitava outros companheiros de trabalho a aplicar multas e distribuir notificações caso a prefeitura não atendesse as suas reivindicações e iniciar o corte do ponto aos grevistas repercutiu imediatamente no meio empresarial.
Hoje (27) pela manhã o presidente do Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rondonópolis, Walter Neles Farias, entregou ao prefeito, Percival Muniz (PPS) um pedido formal de investigação sobre o caso, “o rapaz foi muito infeliz nas suas declarações na rede social, ele não pode impor o medo aos comerciantes e a população para tentar pressionar o poder público, isso tem que ser muito bem apurado”, reclamou o dirigente lojista.
Ainda de acordo com Neles, o mesmo pedido de apuração do caso será entregue pelo departamento jurídico da CDL na tarde desta sexta-feira (27) ao Ministério Público, “o que queremos são providências quanto ao caso, nós comerciantes já temos problemas demais para ficar nos preocupando com este tipo de ameaça, é carga tributária elevada, recessão, greve dos caminhoneiros, não precisamos e nem podemos sofrer este tipo de pressão”, alertou.
O presidente da CDL ainda revelou, que a entidade não está lutando apenas pelos direitos do comerciante e sim de toda a população que foi ameaçada pela mensagem de convocação do líder da greve dos funcionários públicos de Rondonópolis, “Ele convocou os fiscais a sair multando não só os comerciantes, mas também ao cidadão comum, que está recebendo o tão sonhado asfalto na porta da sua casa e que ainda não teve possibilidade de construir uma calçada, isso é um absurdo”, atacou Neles que ainda revelou que o pedido de providencias da CDL nada tem contra a greve, mas que a atitude infeliz de um dos seus líderes foi muito infeliz, “Não estamos julgando a greve, nós quanto entidade não estamos apoiando um lado ou outro nesta situação, estamos sim querendo defender o direito do cidadão e dos comerciantes”.
Neles ainda revelou que existe também a possibilidade, caso haja denúncias de que houve abuso da fiscalização nos bairros da CDL entrar com ações judiciais, “estamos nos preparando, para tomar atitudes, muito provavelmente nestes bairros onde o asfalto está chegando ou chegou recentemente existam lojistas morando, mas também existem os trabalhadores do comércio que vão ter o apoio da CDL, caso sejam comprovados os abusos”, finalizou.