Os três servidores públicos que foram presos por facilitar a fuga de 27 detentos no município de Nova Mutum (452 Km de Rondonópolis) também estão sendo investigados se recebiam dinheiro dos detentos para promover a entrada de drogas e outros objetos dentro da unidade da Cadeia Pública. O caso aconteceu na madrugada do último dia 05 onde os detentos fugiram pela porta da frente da Cadeia.
De acordo com a delegada que investiga o caso, já foram colhidos diversos depoimentos e relatos sobre a suposta facilitação e sobre uma quantia em dinheiro que deveria ser paga aos servidores. No processo criminal consta o depoimento de um preso revelando que o ex-diretor da Cadeia e os dois agentes cobrariam entre R$ 800 e R$ 1,5 mil para liberar o consumo de entorpecentes na cadeia. Ainda conforme a delegada as denúncias ainda estão em fase de análise e não há confirmação do suposto suborno.
Um agente penitenciário que atualmente trabalha em outro presídio do estado também revelou que diversas irregularidades supostamente ocorriam na cadeia pública de Nova Mutum. Ele afirma em depoimento que ‘festinhas’ com bebidas alcoólicas e até churrasco seriam permitidos aos presos.
Os três servidores tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva por determinação do juiz Myrian Pavan, da Comarca de Nova Mutum, e estão detidos na Cadeia de Santo Antônio do Leverger.
ENTENDA O CASO
Na madrugada de quinta-feira (05), 27 detentos da Cadeia Pública de Nova Mutum conseguiram fugir da unidade pela porta da frente. Com ajuda de duas mulheres que foram ao local e conseguiram dopar dois agentes penitenciários, os presos abriram as celas e deixaram a unidade prisional.
Até o momento, a Polícia Militar conseguiu recapturar 16 reeducandos e 11 continuam foragidos.
Mais de 20 detentos rendem agentes e fogem pela porta da frente da cadeia