O sonho da casa própria virou dor de cabeça para alguns rondonopolitanos que financiaram o imóvel do plano do Governo, ‘Minha Casa, Minha vida’. Mutuários que adquiriram o financiamento da casa no Residencial João Moraes, especificamente do setor B, vem enfrentando o problema com a entrega dos imóveis.
De acordo com a mutuária Leila Ferreira, 45 anos, que assinou o contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF) e com empresa responsável pela construção das casas, a Engecenter Construtrora e Incorporadora, em janeiro de 2013, o prazo da entrega dos imóveis já venceu. “Já se passaram dois anos e não entregam nossas casas, quando assinamos com a imobiliária falaram que era um ano pra entregar” relatou.
“Recebi um ofício no dia 27 de fevereiro deste ano, que informava que no dia 17 de março, eu poderia retirar a chave da casa no escritório da empresa para fazer a vistoria e assim, usufruir do meu direito de morar no imóvel. Mas ao chegar no residencial, constatei que as casas do setor B não estavam prontas,” disse a mutuária.
Segundo informações da compradora, funcionários da empresa Engecenter informaram que estão sem receber há dois meses e não há previsão de conclusão das obras.
Para Leila, a maior suspresa, foi quando recebeu a cobrança dos Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Tive que pagar três IPTUs, dois estavam atrasados já, inclusive com taxa de iluminação pública. É revoltante!”
Quanto a Caixa Econômica Federal, a mutuária disse que os atendentes ficaram surpresos quando ela relatou a situação. Na ocasião, ela foi informada que no sistema da instituição constava que ela estava morando na casa. “Nós pagamos uma entrada de mais de mil reais e agora estamos tendo que pagar as prestações da casa, porque consta que estamos morando na casa. Já tive que pagar quatro prestações,” disse Leila Ferreira.
De acordo com Leila, os donos da empresa, entraram em contato com ela. “Eles disseram que a coisa não tá fácil e não deram nenhuma posição,” ela ainda revelou que entrou na Justiça para garantir seus direitos. “Entrei na Justiça comum contra a Engecenter e na Justiça Federal contra a Caixa Econômica Federal, me admira muito ‘eles’ não ter conhecimento da situação. A responsabilidade também é deles.”
Outro lado
A equipe de reportagem do site AGORA MT tentou entrar em contato por telefone com os donos da empresa Engecenter, mas não obteve sucesso.