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Federações esportivas de MT sofrem com falta de verba do governo

Da redação com Globo Esporte
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Sem verba pelo governo estadual neste início do ano, as federações esportivas de Mato Grosso sofrem para realizar seus eventos. São cerca de 50 mil atletas vinculados às 25 entidades regularizadas no estado. Nesse contexto a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) fez um levantamento minucioso de cada federação e tem conversado e direcionado os presidentes para obterem êxito nos convênios futuros com o governo.

Segundo a Secel, a previsão de orçamento é de R$ 20 milhões só para o esporte no ano de 2015. Porém, esse montante deve começar a ser liberado apenas a partir de abril, por conta da troca de comando. O governador Pedro Taques tem realizado um pente fino em todas as secretarias para depois começar as atividades.

Indicado como representante das federações ao Conselho Estadual do Desporto de Mato Grosso (Consed/MT), Francisco Fernandes Júnior, o “Chiquinho”, disse que eles queriam ouvir do Secretário Adjunto de Esportes, Pedro Shinohara, uma previsão de quando vai sair o orçamento para o esporte do estado.

– A situação está bem complicada, não temos nem previsão de quando vai sair os nossos recursos. E nós não temos só pra receber dinheiro para fazer os eventos desse ano, mas temos demanda do ano passado.

Chiquinho também é ex-presidente da federação de Jiu jitsu, MMA e lutas associadas – ele deixou o cargo para assumir no dia 01 de abril a vaga no Consed – e revela as dificuldades enfrentadas por ele e seu pai, atual presidente, para que os atletas não fiquem desamparados.

– Já adiei um evento que seria em fevereiro, e vou fazer um outro na próxima semana fazendo empréstimo, porque não abandonamos os nossos atletas jamais. Os eventos vão ocorrer. Os nossos fornecedores estão entendendo a nossa situação, somos todos penalizados. Tenho cerca de 3 mil atletas cadastrados, não só os que participam de competições, mas que praticam os esportes no estado.

Sem os convênios, a Federação de Desportos Aquáticos de Mato Grosso (FDA-MT) fará o primeiro campeonato estadual de natação no 11 de abril, em Lucas do Rio Verde, sem ajuda do governo estadual. O presidente Harvey Brizola garantiu o evento, mas alguns sacrifícios terão que ser feitos, por exemplo, usar dinheiro em caixa da FDA, retirar das inscrições dos atletas e contar com ajuda da cidade sede.

– Ainda é um incógnita, para mim não foi passado nada ainda. Podia pelo menos manter a ajuda do ano passado, nem quero que aumente. Nós brigamos por um auxílio mínimo de 60 mil por ano, para fazer seis estaduais e um Centro-Oeste. O que eu peço é premiação, cerca de 1,5 mil medalhas, ônibus e despesas para a arbitragem, que são 25 pessoas por evento. Esses são os principais custos de impacto, que são os mais caros. Todo começo de ano é complicado, mas este ano está mais difícil por ser troca de governo – assumiu.

Na manhã de quarta-feira, as principais federações tiveram uma reunião com o Secretário da Secel, Leandro Carvalho e também com Pedro Sinohara. De acordo com o adjunto, a secretaria tem procurado dar dicas aos afiliados.

– Tenho mostrado para eles, que primeiro é preciso refazer os convênios, para selecionar o que realmente é prioridade para assim podermos atender. Pode não ser da forma que eles estão acostumados, mas os convênios vão acontecer após as licitações, que demoram 90 dias. Eles precisam rever os projetos, visando desenvolver a modalidade nas regiões do estado.

O Secretário Adjunto disse ainda, que ele não tem o poder de decisão, pois não é dono da pasta, porém todas as decisões sobre o esporte são dele. Ele revela que não vai dar prioridade a uma federação em decorrência de outra e cita pendências de algumas federações.

– Ainda existem pendências nas prestações de conta do ano passado. Tem algumas federações que não tem noções de como fazer a parte burocrática dos convênios. Mas não deixei de atender nenhuma federação. Estou jogando limpo, e a partir de abril nós vamos realizar os nossos eventos e depois abrir para eles. Outra coisa que tenho dito é que os representantes das federações não podem ser totalmente dependentes da Secel, nós podemos ajudar e vamos fazer isso, mas é preciso começar a procurar apoios.

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