A partir desta sexta-feira (20), a tarifa de ônibus custará R$ 0,25 mais caro para pagamento em dinheiro e R$ 0,20 a mais para pagamento com cartão, ou seja, em caso de aquisição antecipada via cartão eletrônico, a passagem de R$ 2,80 custará R$ 3,00 e de R$ 2,85 no dinheiro passará a ser cobrado R$ 3,10. Um aumento de 7% e 8,7% respectivamente. O decreto autorizando o reajuste, foi publicado ontem (17), no Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Rondonópolis.
Contudo a notícia pegou os rondonopolitanos de surpresa. As pessoas que dependem do serviço de transporte, estão revoltadas pelo valor e questionam o fato do assunto não ter sido previamente discutido. Durante a entrevista realizada na tarde de hoje (18), no ponto de ônibus da avenida Marechal Rondon, nenhum dos passageiros sabiam do reajuste.
A dona de casa Zilda Queiroz Paixão explica que não utiliza muito o transporte coletivo, mas acha o valor alto. “Querer a gente não quer que haja reajuste, mas não tem como fazer nada né”, questiona.
Surpresa com a notícia, a autônoma Madalena Candido Pereira, que diariamente usa o transporte público, não acha justo a quantia que subiu sem nenhuma contra partida da empresa Cidade de Pedra.
“Se fosse para colocar ar condicionado nos ônibus seria bom, mas além do calor, os carros só quebram e demoram a passar”, lamentou Madalena.
O último reajuste aconteceu há menos de um ano, em julho do ano passado, fato questionado pela pequena comerciante Vanda Duque Rosa.
“Não foi esses dias que teve reajuste? Dependo do transporte e agora vou pagar mais caro, sem ter nenhum investimento no conforto por parte da empresa de ônibus”, reclamou Vanda.
CIDADE DE PEDRA
Em entrevista ao Site AGORA MT, o gerente da Cidade de Pedra, Paulo Sérgio, negou que o assunto não tenha sido discutido anteriormente.
“Não é desejo da empresa reajustar a passagem, mas o nosso custo aumentou, tanto de peças, como folha de pagamento e combustível. Só para se ter uma ideia, houve três aumentos no diesel desde a última atualização da tarifa. Por isso que de janeiro para cá estamos negociando o reajuste”, afirmou Paulo.
O gerente ainda avalia que conforme os indicadores técnicos, o ideal é que a passagem custasse R$ 3,25. Entretanto ele não garante que este valor que será atualizado na sexta, possa ser mantido por um bom tempo.
“Depende destes fatores citados anteriormente. Hoje a folha de pagamento ocupa 50% do orçamento e mais 22% são de combustíveis”, acrescentou.