No dia 28 de abril, pessoas de todo o mundo celebram o “Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”. A data tem o objetivo maior dar visibilidade ao problema, além de conscientizar e mobilizar a sociedade para prevenção das doenças que ocorrem em decorrência do trabalho para, assim, reduzir os acidentes de trabalho e os agravos à saúde do trabalhador.
Em todo o mundo milhões de trabalhadores e trabalhadoras se acidentam e, milhares morrem no exercício do trabalho a cada ano. Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem anualmente no mundo, cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Em um terço desses casos, cada acidente ou doença representa a perda de quatro dias de trabalho.
Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.
No Brasil, os números também são alarmantes e apontam para uma guerra invisível, segundo as estatísticas oficiais do Ministério da Previdência evidenciam que em 2011 foram registrados 711 mil casos de acidentes de trabalho, com quase 3 mil mortes de trabalhadores/as e mais de 14.800 sofreram incapacidade permanente.
As três atividades econômicas que registraram maior número de acidentes foram as de atendimento hospitalar, administração pública e o comércio varejista de mercadorias em geral. Essas três atividades foram responsáveis por 13,5% do total de acidentes registrados no ano de 2011.
O Brasil é o quarto colocado mundial em número de acidentes fatais do trabalho. De acordo com o governo, é registrada, no País, cerca de uma morte a cada 3,5 horas de jornada diária e são gastos mais de R$ 14 bilhões por ano com acidentes de trabalho.