Não há nada mais frustrante para os pais do que saber que seu filho está indo mal nos estudos. Dificuldades escolares precisam ser acompanhadas por um profissional especializado, pois um diagnóstico equivocado pode afetar toda uma vida.
Para Hübner e Marinotti (2004) o problema do baixo rendimento escolar embora ocorra na escola, não é acadêmico, mas tem causa global. Para ser resolvido é necessário que ocorra uma mudança em contingências familiares, e na maioria dos casos, são difíceis de serem implementadas pela indisponibilidade e/ou resistência dos pais e/ou cuidadores. Dessa forma, o trabalho na orientação dos pais é quase tão intenso quanto com as crianças.
Os pais devem estar atentos às datas, presentes nas reuniões escolares, acompanhar as tarefas diárias, perguntar sobre a rotina escolar, visitar frequentemente a escola, conversar com os professores, ligar e se informar a respeito do desempenho de seu filho.
Acompanhar em tarefas escolares é dever dos pais! A escola ensina, mas a educação básica tem que vir de casa. Pais que tenham dúvidas e estejam inseguros, podem e devem procurar uma orientação específica. Deixar para depois e fugir do confronto só vai mascarar as dificuldades.
Outro cuidado importantíssimo é com frases do tipo: “Não sei o que fazer com ele (a)”, “Não tem mais jeito.”, “Não dou conta”. São falas que depois de interiorizadas podem gerar baixa-autoestima e insegurança na criança.
O diagnóstico e a intervenção na perspectiva analítico-comportamental, em primeiro lugar, deve preservar a integridade, oferecendo um atendimento ético, sem rotular ou estigmatizar a criança com nomenclaturas e patologias que em nada resolvem os problemas.
Pais não são super-heróis… Às vezes precisam de apoio para superar momentos de insegurança em relação à educação de seus filhos.
REFERÊNCIAS
Hubner, M. M. & Marinotti, M. (2004). Revisitando diagnósticos clássicos relativos às dificuldades de aprendizagem. Santo André: ESETec Editores Associados.