A presidente do Movimento Negro, Francyslene Pereira Neves, fez o uso da tribuna da Câmara Municipal, na tarde de ontem, para falar sobre o dia 13 de maio que é lembrado como a data da Abolição da Escravatura. Durante a sessão, a presidente leu uma carta para lembrar sobre a importância da data.
O vereador Adonias Fernandes (PMDB) também falou sobre a data que para ele foi um grande marco na história. “Apesar desta conquista a vida do negro nunca foi fácil no Brasil e por isso ainda é necessário o avanço em muitas áreas”, diz o vereador.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Mas foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias.