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‘A crise esta pegando’ diz chefe sobre pequeno público em Goiânia

Da redação com Uol Esporte
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Quem acompanhou o UFC em Goiânia no último sábado pela televisão deve ter reparado que os clássicos gritos de “Uh, vai morrer”, já tradicionais contra lutadores estrangeiros quando enfrentam brasileiros por aqui, estavam mais fracos e menos constantes que o normal. As notícias de quem estava no ginásio vieram rápido: o local estava consideravelmente vazio.

O número divulgado soou assustador: cerca de 3.500 torcedores no local que, pouco mais de um ano antes, tinha recebido mais de 10 mil pessoas para a vitória de Vitor Belfort sobre Dan Henderson. A primeira explicação dada pelo novo chefe do UFC no Brasil foi a crise econômica atual no país. Mas o sinal de alerta já estava ligado. Por isso, conversei um pouco mais sobre o assunto com Giovani Decker. “Acredito que sim, a crise esta pegando, empobrecemos. Eu não diria que estou satisfeito, mas acho que temos pontos de oportunidades”, resumiu o dirigente.

Ele ainda prefere não falar sobre número de eventos no país. Diz que está estudando a situação, mas algo já começou a mudar. Em 2014 tivemos sete card por aqui, o mesmo número que teríamos este ano. Mas a final do TUF Brasil 4 já foi transferida de São Paulo para Miami, onde tentará atrair o grande número de brasileiros que moram por lá.

Mas o que fazer com o Brasil? Giovani – que assumiu a função há pouco mais de um mês – não está satisfeito com o resultado obtido em Goiânia, mas vê o atual momento do UFC no Brasil sob outra perspectiva. “O contraponto que queria expor é: nunca tivemos tantos assinantes no canal Combate na história! A luta do Vitor [Belfort, contra Chris Weidman] foi vista por aproximadamente 15 milhões de pessoas. No dia, dos 10 tópicos mais comentados no Twitter no Brasil eram sobre o UFC. Já agora, a hashtag #UFCGoiânia foi a segunda no trending topic no Brasil e a sétima no mundo.”

“Nunca se assistiu e se comentou tanto UFC como agora, mas por fatores macroeconômicos e por outros fatores que chamo de oportunidades, o publico não prestigiou o evento em si como gostaríamos. Claro que ha trabalho árduo a fazer, mas longe de apocalipse”, completou.

Pitaco do blogueiro: está meio claro que sete eventos no Brasil é um número exagerado. Acho difícil fazer essa quantidade de card com apelo o suficiente para lotar todos os ginásios. Por mais que tenha sido um ótimo evento quanto a qualidade das lutas, Thiago Pitbull não é um astro como Vitor Belfort.

O Brasil passa por um período de entressafra de grandes ídolos. Mas os principais nomes estão nos eventos estrangeiros ou parados, próximos de uma aposentadoria. Fica difícil lotar tantas arenas com atletas de médio apelo com o grande público. Mas o próprio Giovani Decker tem a solução que pode criar um novo boom para o evento no Brasil.

“Eu olho todos os estudos demográficos e vejo que quanto mais nova a faixa etária, mais fãs do esporte nós temos. E o próprio fato dos assinantes mostra que a base aumenta, e aumenta também de forma qualitativa, ou seja a retenção ao esporte ( não do evento em si) é muito grande. Se arena vazia representasse algo o futebol brasileiro tinha acabado a 30 anos atrás. Com todo o respeito a quem prega o contrario, mas o que muda com o tempo é de onde vem a receita. Não é para ficar alarmado. Nunca se entendeu tanto como agora de UFC.”

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